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Estiagem e baixa qualidade da água do Rio Piracicaba são apontadas como causas principais do problema

Gaema pede informações da crise hídrica em Americana; reservatórios estão baixos

Grupo de Defesa do Meio Ambiente do MP-SP aguarda respostas do DAE sobre medidas adotadas contra desabastecimento e emitiu prazo de 5 dias para receber esclarecimentos sobre ações emergenciais e priorização da água aos moradores

A crise de abastecimento de água em Americana ganhou novos desdobramentos nesta semana. O Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), órgão do Ministério Público, enviou ofício ao Departamento de Água e Esgoto (DAE) pedindo explicações sobre as medidas adotadas diante da escassez hídrica. O documento fixa prazo de cinco dias para resposta da autarquia.

O pedido do MP busca esclarecer quais ações emergenciais estão sendo realizadas ou planejadas para amenizar os impactos da crise, especialmente em locais que concentram populações vulneráveis, como escolas, creches, asilos e unidades de saúde. Também foi questionado se há um plano formal de racionamento e se está garantida a prioridade de abastecimento humano em detrimento do consumo industrial.

O DAE avalia o conteúdo para responder ao Gaema. A crise hídrica ocorre devido à estiagem prolongada e à baixa qualidade da água bruta do Rio Piracicaba. A bacia do Rio Piracicaba foi alvo de anúncio de escassez pelo governo estadual, dias antes do decreto de emergência hídrica ser publicado pela prefeitura.

O DAE atende escolas, creches e entidades assistenciais com caminhões-pipa e divulgou que os reservatórios somavam apenas 11 milhões de litros nesta quarta-feira, número três vezes inferior ao ideal, que seria de 36 milhões de litros. Com isso, bairros como Centro, Vila Dainese, Jardim Ipiranga, Jardim Brasil e Chácaras Letônia figuram entre os mais atingidos pela interrupção no fornecimento de água.

Diante da gravidade, a prefeitura decretou estado de emergência hídrica, o que abre espaço para medidas imediatas, como contratação de caminhões-pipa para atendimento pontual, intensificação no combate a vazamentos e campanhas educativas reforçando o uso racional da água.

“O DAE reforça que a estiagem prolongada e a baixa qualidade da água captada do Rio Piracicaba têm prejudicado o processo de tratamento, reduzindo significativamente a oferta de água para abastecimento. A autarquia pede a colaboração da população para que adote práticas de economia e conservação da água, utilizando o recurso de maneira consciente até que a situação se normalize com a retomada das chuvas”, informou.


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