Acusado de matar dentista localizado queimado em Sumaré acaba preso em São Paulo

• Por Cézar Oliveira

  22 de dezembro de 2025, às 13h 36

Agentes do 4º Distrito Policial de São Paulo prenderam neste domingo (21) o homem apontado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas como autor do homicídio do dentista Marcelo Bacci Coimbra, encontrado morto em Sumaré, com o corpo carbonizado.

O suspeito tem 30 anos e estava foragido desde o dia 19 de dezembro, quando a Justiça decretou sua prisão temporária a pedido da Polícia Civil.

Marcelo Coimbra, de 64 anos, estava desaparecido desde o dia 7 de dezembro, após sair de Amparo, onde residia, com destino à região de Campinas. O corpo da vítima foi localizado seis dias depois, em uma área de mata do bairro Santa Terezinha, em Sumaré, e a identificação foi confirmada por meio da arcada dentária.

Na sexta-feira (19), o delegado Luiz Fernando Dias de Oliveira, da DIG de Campinas, afirmou que as investigações permitiram reconstituir as últimas horas de vida do dentista. Segundo o delegado, a polícia conseguiu cruzar dados técnicos, imagens e depoimentos que levaram à identificação do principal suspeito do crime.

A hipótese de latrocínio foi descartada após a apuração constatar que nenhum objeto pessoal da vítima foi levado. Imagens obtidas durante a investigação mostram o momento em que um homem ateia fogo no veículo do dentista, um Volkswagen Nivus cinza.

O carro foi encontrado incendiado na madrugada do dia 9 de dezembro, também no município de Sumaré. Apesar dos avanços, a motivação do assassinato ainda não foi oficialmente esclarecida pela Polícia Civil.

“As reais circunstâncias e o modo como se deu esse crime a gente espera esclarecer”, afirmou o delegado responsável pelo caso. O delegado também confirmou que a pessoa que recebeu um PIX de R$ 200 feito pela vítima no dia do crime não teve envolvimento no homicídio. De acordo com a investigação, essa testemunha foi fundamental para o avanço das diligências e para a identificação do suspeito.

As apurações indicam que o primeiro contato entre a vítima e o suspeito ocorreu em Campinas, onde ambos estiveram em um mesmo estabelecimento comercial. Por volta das 22h, os dois seguiram para um motel em Hortolândia, onde permaneceram até a madrugada.

A Polícia Civil aponta que o crime ocorreu ainda em Hortolândia e que o suspeito teria levado o corpo da vítima, incendiando-o junto com o veículo no dia seguinte, em Sumaré.