Saúde
Prefeituras reforçam prevenção e controle da doença e orientam população a eliminar criadouros em casa

Região atinge 61 mortes por dengue e crescimento de casos em dois meses

Americana lidera em número de óbitos, enquanto Hortolândia e Sumaré concentram alta quantidade de casos; avanço da doença preocupa com chegada do verão, uma vez que chuvas e calor elevam risco de novos focos do Aedes aegypti

A região chegou a 61 mortes e 27.662 casos confirmados de dengue em 2025, segundo levantamento da Secretaria Estadual da Saúde. Os números representam um avanço em relação ao cenário registrado há cerca de dois meses, quando, em outubro, eram contabilizadas 59 mortes e 27.252 casos na região. O comparativo indica um aumento de 3,4% no número de óbitos e de 1,5% nos casos confirmados, reforçando o alerta sanitário com a intensificação das chuvas e das altas temperaturas.

Americana segue como o município com o quadro mais grave, concentrando 29 mortes e 9.083 casos. Em seguida aparecem Sumaré, com 18 mortes e 5.644 casos, e Hortolândia, que registra oito óbitos e 6.921 confirmações. Paulínia soma uma morte e 3.744 casos, Monte Mor contabiliza três mortes e 1.409 casos, enquanto Nova Odessa registra dois óbitos e 861 casos. Juntos, os seis municípios formam um cenário regional que mantém as Secretarias de Saúde em estado de atenção permanente.

O avanço da dengue preocupa especialmente neste período do ano, quando o retorno das chuvas favorece a formação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Especialistas de saúde avaliam que, mesmo com crescimento percentual menor do que no início do ano, a manutenção dos números indica risco de nova escalada de casos nos próximos meses.

Em Sumaré, município com o segundo maior número de mortes na região, o combate à doença foi reforçado. Agentes de endemias do Controle de Arboviroses participaram recentemente de um treinamento promovido pela Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD), em Campinas. A capacitação teve como foco a aplicação de produtos de ação residual em imóveis especiais, estratégia que passa a ser ampliada para locais de grande circulação de pessoas. A medida amplia a eficácia do controle vetorial em áreas com maior risco de transmissão.

Durante todo o ano, as equipes de Sumaré e região mantêm ações intensificadas, com visitas casa a casa, inspeções em pontos estratégicos como borracharias, ferros-velhos e terrenos baldios, além de palestras em escolas e empresas. Em Sumaré, na última semana, os trabalhos foram reforçados em bairros como Santo Antônio, Virgílio Viel, Recanto das Árvores, Jardim dos Ipês, Jardim São Francisco e Nova Terra.

Especialistas ponderam que o sucesso no combate à dengue depende diretamente da participação da população. A recomendação é eliminar qualquer recipiente que possa acumular água, manter caixas-d’água vedadas, limpar calhas e cuidar de quintais e áreas comuns.

RAIO-X DA DENGUE NA REGIÃO

Sumaré: 18 mortes e 5.644 casos

Hortolândia: 8 mortes e 6.921 casos

Monte Mor: 3 mortes e 1.409 casos

Paulínia: 1 morte e 3.744 casos

Nova Odessa: 2 mortes e 861 casos

Americana: 29 mortes e 9.083 casos

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