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Sentença é do juiz Marcelo Forli Fortuna, da 1ª Vara Criminal de Sumaré

Justiça condena homem a dez anos por cárcere privado e violência contra mulher e duas crianças em Sumaré

Condenação reconhece ciclo de violência doméstica praticado por réu que manteve esposa em confinamento e agrediu os próprios filhos; crimes ocorreram no Jardim Ipiranga, em abril deste ano; defesa adianta que vai apresentar recurso

A 1ª Vara Criminal de Sumaré condenou a dez anos de prisão um ajudante de pedreiro acusado de manter a própria esposa em cárcere privado e de praticar agressões físicas e psicológicas contra ela e os dois filhos do casal. A sentença considerou como agravante a violência direcionada às crianças.

Os crimes ocorreram em abril deste ano, em uma residência localizada no Jardim Ipiranga. De acordo com a denúncia do Ministério Público, a mulher era impedida de deixar o imóvel e vivia sob constantes ameaças e agressões, situação que se estendia aos filhos.

Durante o processo, ficou comprovado que o ambiente familiar era marcado por episódios recorrentes de violência, o que fundamentou a condenação em regime fechado. O Judiciário entendeu que a conduta do réu representava risco permanente à integridade física e emocional das vítimas.

Um dos episódios mais graves analisados pela Justiça envolveu um bebê de oito meses, que caiu do colo da mãe durante uma discussão entre o casal. O fato foi considerado decisivo para o aumento da pena, diante da exposição direta da criança à situação de violência. O juiz Marcelo Forli Fortuna determinou que o réu permaneça preso.

A defesa do condenado irá recorrer da decisão na segunda instância, em São Paulo, e alegou que a pena aplicada é desproporcional e que os elementos apresentados no processo não sustentam a acusação. Segundo a defesa, o réu nega as acusações de cárcere privado e agressões, argumentando que a residência permanecia aberta e que a mulher não era impedida de sair.

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