Construção tem crescimento de 1,9% na geração de empregos em janeiro
Para o SindusCon-SP, manutenção do ritmo depende de se
manter a desoneração da folha de pagamentos; Regional Campinas tem expectativa
positiva para o trimestre
Da Redação | Tribuna Liberal
O saldo entre admissões e demissões na indústria da construção em janeiro foi positivo, resultando na abertura de 49.091 empregos, um crescimento de 1,90% em relação ao número de empregados no setor em dezembro. No acumulado de 12 meses até janeiro, o setor abriu 168.261 mil novos empregos (+6,84%).
Já o saldo entre admissões e demissões em todos os setores da atividade econômica no país resultou na abertura de 180.395 mil empregos em janeiro. Deste total, 27,2% correspondem aos da indústria da construção. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e foram divulgados em 15 de março, pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP, comenta que o aumento do emprego na construção era esperado, após a queda que ocorre sazonalmente nos dois últimos meses do ano, quando um grande número de trabalhadores do setor pede desligamento, para viajar às suas regiões de origem.
“Para que a construção tenha segurança para seguir gerando empregos ao longo dos próximos meses, é fundamental que se mantenha a desoneração da folha de pagamentos do setor. Neste sentido, não contribui o projeto de lei enviado pelo governo ao Congresso, reonerando a folha a partir deste ano”, disse o presidente do SindusCon-SP.
REGIONAL CAMPINAS
O diretor da Regional Campinas do SindusCon-SP, Marcio Benvenutti, afirma que além do efeito sazonal previsto, que provocou o aumento de empregos em janeiro, no município de Campinas e toda a Região Metropolitana a expectativa também é positiva para esse primeiro trimestre do ano.
“Verificamos na RMC, especialmente nos meses de novembro e dezembro do ano passado, um crescimento muito grande nas aprovações de obras. Diante disso, avaliamos que as obras que se iniciarem nesse trimestre, devem gerar novos empregos no setor regional da construção civil”, acrescenta Benvenutti.
A construção foi o terceiro setor que mais abriu empregos em janeiro, atrás de Serviços (80.587) e Indústria (67.029), e na frente de Agropecuária (21.900) e Comércio (-38.212). Nas atividades imobiliárias do setor de serviços (incorporação imobiliária), foram abertos 466 novos empregos em janeiro – aumento de 0,25% em relação ao número de novos postos de trabalho com carteira assinada em dezembro. No acumulado de 12 meses, foram criados 4.664 (+2,52%).
ESTOQUE
Ao final de janeiro, a construção empregava 2.797.160 trabalhadores com carteira assinada no país, de acordo com o Novo Caged.
POR ESTADOS
Dos empregos gerados pela construção em janeiro, 19.194 situaram-se no Estado de São Paulo. Além de São Paulo, os estados em que o setor mais abriu empregos no mês foram: Minas Gerais (4.820), Santa Catarina (3.877), Rio de Janeiro (3.537), Paraná (3.498), Bahia (1.301), Espírito Santo (1.191), Pernambuco (1.137) e Rio Grande do Sul (1.686). Alguns Estados fecharam postos de trabalho.
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