HM aprimora atendimento com novo ciclo de procedimento em Americana
Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi iniciou programa
voltado à atualização da qualidade assistencial envolvendo equipes locais para
aperfeiçoar fluxos, reforçar protocolos internos e potencializar segurança no
atendimento público
O Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana,
iniciou nesta semana um novo ciclo de treinamento e reciclagem dos
Procedimentos Operacionais Padrão (POPs), envolvendo equipes de diferentes
setores assistenciais e administrativos. A iniciativa tem como objetivo
aprimorar fluxos internos, reforçar protocolos e garantir um atendimento mais
seguro, organizado e humanizado à população.
Os treinamentos contemplam áreas como Pronto-Socorro Adulto
e Infantil, Internação, SADT (Setor de Diagnósticos e Exames), telefonia e
equipe de acolhimento. Entre os temas revisados estão abertura e cancelamento
de FAA (Ficha de Atendimento Ambulatorial), procedimentos de cadastro, fluxos
de emergência, atualização do uso dos sistemas internos, rotinas de atendimento
em setores sensíveis - como Maternidade e UTI Neonatal -, além de orientações
gerais que auxiliam na padronização e na segurança dos processos assistenciais.
O coordenador administrativo, Marcelo Amaro, ressaltou a
importância da iniciativa para o dia a dia do hospital. “Esses treinamentos são
essenciais para que todas as áreas atuem de forma integrada. Quando cada
colaborador entende seu papel no fluxo e nas rotinas, o atendimento ganha
agilidade e o paciente percebe essa diferença na prática”, afirmou.
As capacitações estão sendo realizadas de forma escalonada
entre os turnos diurno e noturno, permitindo que todas as equipes participem
sem comprometer o atendimento aos pacientes.
Segundo a direção do Hospital Municipal, o trabalho reforça
o compromisso da instituição com a melhoria contínua. “O treinamento constante
das equipes é fundamental para garantir que nossos profissionais estejam
alinhados aos protocolos e preparados para oferecer um atendimento de
excelência, com segurança e responsabilidade”, destacou o diretor geral, Ruy
Santos.
Com ações permanentes de qualificação, o Hospital Municipal
Dr. Waldemar Tebaldi reafirmou a humanização e o fortalecimento da saúde
pública. A unidade é administrada pelo Grupo Chavantes, em gestão compartilhada
com a Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Americana.
HELENA SIMBOLIZA FORÇA DAS FAMÍLIAS E DAS EQUIPES O CUIDADO
AOS PREMATUROS
A trajetória da bebê Helena, que passou quase quatro meses
internada na UTI Neonatal do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em
Americana, mostra o quanto o cuidado especializado e o acolhimento das equipes
podem transformar histórias de luta em vitórias.
O nascimento antes das 37 semanas de gestação é uma das principais causas de mortalidade infantil no país e tem crescido nos últimos anos. De acordo com a ONG Prematuridade.com, com base em dados do DataSUS, o índice de partos prematuros no Brasil subiu de 10,95%, em 2017, para 11,57%, em 2021.
No Estado de São Paulo, dados preliminares da Secretaria de Saúde apontam
que, em 2025, 42.849 dos 354.326 nascimentos foram prematuros, o que representa
mais de 12% do total, taxa superior à média mundial estimada pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), de 10%.
O impacto também se reflete no sistema público de saúde. Um
levantamento da Planisa, consultoria especializada em custo hospitalar, mostra
que o SUS destinou cerca de R$ 13,5 bilhões, em 2024, para internações de
recém-nascidos prematuros em UTIs neonatais, considerando uma média de 14 dias
de internação e custo diário de R$ 2.652 por bebê.
Entre essas histórias está a da pequena Helena, que nasceu
antes do tempo e enfrentou desafios comuns da prematuridade, como o uso de
ventilação mecânica e o ganho gradual de peso.
“Foi um momento de muito medo e ansiedade. Começamos a
contar cada dia com ela na barriga, porque sabíamos que cada um seria
importante”, lembra a mãe. O marido conta que o nascimento trouxe um misto de
emoções. “Foi assustador ver ela tão pequenininha, mas ao mesmo tempo
emocionante”, comenta.
Helena foi melhorando gradativamente e alta hospitalar virou
celebração
Após o parto, Helena foi levada para a UTI Neonatal. “A
separação é difícil, é tudo muito diferente do que a gente idealiza na
gestação. Mas minha força vinha da fé, do apoio do meu marido e de ver a força
dela lutando pela vida”, diz a mãe. O casal criou laços com a equipe que
acompanhou o desenvolvimento da bebê. “Eles sempre serão lembrados como parte
da história da Helena, profissionais que não mediram esforços para mantê-la
bem”, afirma.
A melhora veio aos poucos, e a alta hospitalar se
transformou em um momento de celebração. “Foi um dia muito esperado. Saímos com
a nossa filha nos braços e uma festa linda organizada pela equipe”, conta a
mãe. “Passa um filme na cabeça dos quase quatro meses dedicados no hospital. É
o começo de uma nova história”, completa o pai.
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