Rejeitada denúncia de Willian Souza contra ativista por suposta ameaça
Reclamação apresentada pelo ex-parlamentar petista e ex-candidato
a prefeito foi negada, encerrando caso que apurava possível ameaça ocorrida em
2023; Ministério Público conclui que não há indícios que configurem crime
A Justiça de Sumaré rejeitou a denúncia por ameaça
apresentada pelo ex-vereador e ex-candidato a prefeito Willian Souza (PT)
contra o ativista Felipe de Aguiar Araújo, encerrando o processo antes de
avançar para a fase penal. A decisão foi tomada após audiência de 19 de
novembro, na qual o Ministério Público concluiu que não havia indício de ameaça
prévia ou reiterada, mas um desentendimento pontual entre as partes.
Com base no parecer, a juíza Roberta Steindorff Malheiros
determinou a rejeição da queixa-crime proposta por Willian, que havia
registrado boletim de ocorrência contra o ativista em 2023 alegando
intimidação. O caso era tratado como termo circunstanciado.
Na audiência, o promotor Alberto Cerqueira Freitas Filho
chegou a oferecer suspensão condicional do processo, mas a proposta foi
recusada. Durante a instrução, foram ouvidas as testemunhas de acusação. Os
depoimentos confirmaram que havia um desentendimento entre os envolvidos, porém
sem a configuração de ameaça, segundo a magistrada.
A juíza considerou que não havia materialidade para
sustentar a denúncia. “Nos termos da manifestação do Ministério Público,
constata-se que havia uma contenda entre a vítima e o denunciado Felipe, não
existindo elementos nos autos que demonstrem ameaças prévias e que eram
reiteradas”.
À época dos fatos, Willian alegou que ele e sua família
haviam sido ameaçados enquanto o ativista e um colega fotografavam problemas de
zeladoria urbana próximos à residência do político. A situação acabou
envolvendo a Guarda Municipal, que fazia a segurança do então vereador, e foi
parar na delegacia. A investigação, porém, não identificou crime. Willian não
comentou o caso.

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