Polícia
Cafu César foi preso na manhã desta quarta-feira (12), durante operação da Polícia Federal

Vice-prefeito de Hortolândia, Cafu César é preso em operação da Polícia Federal

O vice-prefeito de Hortolândia, Cafu César (PSB), de 63 anos, foi preso na manhã desta quarta-feira (12) durante uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga supostas fraudes em licitações e contratos públicos firmados pela administração municipal a partir de 2020.

A operação, que contou com apoio de equipes nos estados de São Paulo, Distrito Federal e Paraná, cumpriu 50 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva, expedidos pela 1ª Vara Federal de Campinas. Na região de Campinas, foram executados 19 mandados de busca e três de prisão.

De acordo com informações da PF, a investigação busca apurar esquemas de manipulação e favorecimento em licitações públicas, com foco em contratos de distribuição de materiais escolares e didáticos, firmados entre a Prefeitura de Hortolândia e a empresa Life Tecnologia Educacional, responsável também pelo fornecimento de materiais de robótica à rede municipal.

Durante a operação, agentes federais recolheram documentos e equipamentos eletrônicos nas secretarias de Educação e de Governo, além de processos administrativos relacionados à empresa. O contrato com a empresa segue ativo até que a investigação seja concluída.

Em nota oficial enviada ao Tribuna Liberal, a Prefeitura de Hortolândia afirmou ter sido “surpreendida com a ação da Polícia Federal”, e garantiu que colaborou integralmente com as autoridades, entregando todos os documentos solicitados.

Segundo a Polícia Federal, Cafu teria recebido R$ 2,4 milhões em vantagens da Life por supostamente direcionar licitações e intermediar pagamentos para a empresa. O secretário de Educação de Hortolândia, Fernando Moraes, também foi preso e é suspeito de direcionar licitação e receber propina. 

Até mesmo uma ex-nora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, C.T., teria participação no esquema envolvendo a Life - a empresa teve mais de R$ 125 milhões de receitas repassadas por prefeituras. A defesa de Cafu tenta reverter a prisão preventiva.

PREFEITURA DE SUMARÉ

A Polícia Federal cumpriu ainda um mandado de busca e apreensão na sede da Prefeitura de Sumaré. A ação faz parte da investigação do Ministério Público Federal sobre contratos firmados em 2020, durante a gestão do ex-prefeito Luiz Dalben (PSD).

A operação tem como foco documentos e registros ligados a processos licitatórios e contratos da empresa Life Tecnologia Educacional Ltda., firmados no período em que Dalben administrava o município. A decisão judicial autorizou a coleta de documentos, computadores, mídias eletrônicas e outros materiais que possam auxiliar nas apurações sobre possíveis irregularidades em contratos públicos.

A atual administração municipal informou que tem colaborado integralmente com as autoridades, fornecendo todos os documentos e informações solicitadas, e reforçou que os fatos investigados referem-se exclusivamente à gestão anterior, não envolvendo contratos ou ações do governo atual.

 

Deixe um comentário