Rebelião em Hortolândia tem mais de 30 detentos identificados e seis presos feridos
Detentos que atuaram no motim registrado na última
segunda-feira (24), na Penitenciária III, serão encaminhados para outros
presídios; Estado admite que houve feridos durante tumulto com queima de
colchões após apreensão de bebidas
O princípio de rebelião ocorrido na segunda-feira (24), na
Penitenciária III, de Hortolândia, teve mais de 30 detentos identificados e
seis ficaram levemente feridos, de acordo com informações policiais.
O motim mobilizou equipes da Polícia Penal, da Polícia
Militar e da Célula de Intervenção Rápida (CIR). De acordo com a Secretaria de
Administração Penitenciária (SAP), o tumulto teve início no fim da manhã, por
volta das 11h, após a apreensão, no dia anterior, de bebida alcoólica artesanal
preparada pelos próprios custodiados.
A partir desse episódio, um grupo de presos iniciou um “ato
de indisciplina” em um dos pavilhões, danificando portas automatizadas de celas
e ateando fogo em colchões e outros objetos, o que gerou uma espessa nuvem de
fumaça preta.
A confusão ocorreu de forma rápida e foi contida ainda na
fase inicial graças à ação imediata da CIR, sem registro de reféns. Houve queda
de energia elétrica no setor afetado durante o tumulto. Segundo a SAP informou
ao Tribuna Liberal nesta quarta-feira (26), seis presos tiveram escoriações
leves, mas nenhum precisou ser encaminhado para atendimento médico externo.
A Polícia Militar foi acionada para prestar apoio e
posicionou equipes do lado de fora da unidade para reforço, enquanto os
policiais penais atuavam diretamente no controle interno da ocorrência. O
helicóptero Águia, da PM, sobrevoou o complexo Campinas-Hortolândia durante a
operação, monitorando os deslocamentos internos e auxiliando no cerco à área
atingida.
A pasta confirmou ainda que todos os detentos envolvidos
serão transferidos para outras unidades prisionais do Estado, medida adotada
para evitar novas articulações internas e restabelecer a ordem no local.
A penitenciária abriga mais de 1,2 mil presos, apesar de sua
capacidade oficial ser de 700 vagas. A investigação segue em andamento para
apurar responsabilidades individuais.
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