Saúde
Medicamentos para doenças crônicas e autoimunes estão entre os mais afetados na região

Falta de medicamentos afeta pacientes na região; Sumaré cobra governo de SP

Moradores enfrentam interrupção de tratamentos contínuos de doenças crônicas e prefeitura destina ofício ao governo paulista apontando necessidade de normalização do abastecimento; problema é monitorado e Estado promete resolver

A falta de medicamentos de alto custo preocupa moradores de Sumaré e de outras cidades da região de Campinas. Pacientes que dependem de remédios fornecidos pelo governo paulista sofrem com a interrupção nos tratamentos e atrasos que ultrapassam dias. Em muitos casos, famílias estão sem conseguir retirar itens considerados imprescindíveis para doenças crônicas, autoimunes ou de uso contínuo.

Em Sumaré, a administração municipal informou que acompanha diariamente o cenário e que já reforçou junto à Secretaria Estadual de Saúde a necessidade de reposição urgente das unidades. O município explica que atrasos sucessivos no envio de medicamentos especializados têm causado sérios prejuízos aos pacientes que dependem desse fornecimento regular para manter suas condições clínicas estáveis.

Segundo a prefeitura, essas lacunas no abastecimento resultam em interrupções de tratamentos essenciais, provocam insegurança entre os usuários e podem gerar complicações graves para pessoas com doenças que exigem acompanhamento rígido.

“A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que diversos municípios vêm enfrentando dificuldades na entrega de medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF), conhecidos como medicamentos de alto custo. A causa é a falha no abastecimento por parte da Secretaria Estadual de Saúde, responsável pela aquisição, armazenamento e distribuição desses itens. A responsabilidade do município restringe-se à dispensação dos medicamentos repassados pelo Estado, não havendo autonomia nem estoque próprio para suprir a demanda. Ainda assim, a administração municipal tem acompanhado de perto a situação e cobrado providências junto à Secretaria Estadual de Saúde para a normalização urgente do abastecimento”, informou a Prefeitura de Sumaré.

No mês de novembro, a Secretaria Municipal de Saúde encaminhou ao Governo do Estado um ofício manifestando preocupação e solicitando, com urgência, providências quanto à falta de medicamentos. “Ressalta-se que as irregularidades e os atrasos no envio provocam a interrupção de tratamentos essenciais, geram insegurança e prejuízos aos pacientes, além de representarem riscos clínicos”, finalizou a prefeitura, em nota oficial.

O problema não é isolado: outras cidades da região também relatam estoques extremamente reduzidos ou zerados de itens usados em terapias de doenças como esclerose múltipla, artrite, diabetes, glaucoma e enfermidades autoimunes. 

OUTRO LADO

O governo estadual informou que a Coordenadoria de Assistência Farmacêutica (CAF) do Estado de São Paulo lamenta o ocorrido e disse que a Farmácia de Medicamentos Especializados (FME) de Campinas está sendo abastecida e a regularização total dos itens estava prevista ainda para esta quarta-feira (10). “O município de Sumaré será avisado quanto à disponibilidade dos itens para retirarem os malotes”, disse o governo.


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