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Centro de Sumaré, por exemplo, é um dos que mais sofrem com enxurradas no verão

Cinco cidades da região podem ser contempladas com verba para drenagem

Novo incentivo chega em um momento estratégico para municípios que enfrentam históricos com chuvas e as tradicionais enchentes; financiamento com juros zero pode beneficiar Hortolândia, Paulínia, Monte Mor, Nova Odessa e Americana; Sumaré só poderá receber recursos para resíduos sólidos, diz Estado

As cidades de Hortolândia, Paulínia e Monte Mor, atendidas pela Sabesp, estão entre as que podem ser contempladas com o novo programa estadual de financiamento de projetos de drenagem e manejo de resíduos sólidos, anunciado pelo Governo de São Paulo. Americana e Nova Odessa, que aderiram ao UniversalizaSP, também são elegíveis a esse financiamento.

O programa, lançado em parceria entre a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado e a Desenvolve SP, oferece empréstimos com juros e taxas zero para obras de saneamento básico. A prioridade é voltada a projetos de drenagem urbana e gestão de resíduos sólidos, especialmente em municípios que integram programas estaduais de regionalização do saneamento.

Com previsão de R$ 130 milhões para equalizar as taxas de juros, a linha de crédito pretende atender demandas urgentes relacionadas a enchentes, coleta e tratamento de esgoto e abastecimento de água. O financiamento oferece carência de até 24 meses e pagamento em até 10 anos, permitindo que prefeituras realizem obras estruturais com impacto direto na saúde pública. O objetivo é alinhar os investimentos com os planos e políticas estaduais e com as diretrizes do Novo Marco Legal do Saneamento.

De acordo com a secretária estadual de Meio Ambiente, Natália Resende, a proposta é fortalecer a coordenação regional entre municípios de uma mesma bacia hidrográfica. “O saneamento básico inclui os serviços de fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, drenagem urbana e resíduos sólidos, e não pode ser visto de forma isolada, considerando a lógica de bacias hidrográficas e o impacto do que é feito em uma cidade sobre outras da região. Uma cidade pode ter, por exemplo, 100% de cobertura de água, coleta e tratamento de esgoto, e viver problemas graves de escassez hídrica, que precisam ser olhados considerando a região daquela bacia hidrográfica e com planejamento de curto, médio e longo prazo. É por isso que estamos valorizando as cidades que estão avançando nessa coordenação regional, que preza também pela autonomia municipal e as especificidades de cada cidade”, explica a secretária.

O diretor-presidente da Desenvolve SP, Ricardo Brito, destacou que as condições facilitadas de crédito buscam acelerar investimentos. “Queremos que as prefeituras consigam realizar obras que melhorem a infraestrutura e a qualidade de vida dos moradores”.

Na região, as chuvas que marcam o fim do ano reacendem as preocupações com alagamentos recorrentes, especialmente em áreas urbanas adensadas. O novo incentivo chega, portanto, em um momento estratégico para municípios que enfrentam históricos problemas de drenagem e escoamento das águas pluviais.

Os municípios interessados devem acessar o portal da Desenvolve SP para consultar as condições e apresentar seus projetos técnicos.

SITUAÇÃO DE SUMARÉ

Segundo o Estado, a cidade não se enquadra para adesão ao UniversalizaSP, pois já tem uma concessão com uma empresa privada, mas pelas regras do programa de financiamento o município pode emprestar recursos para projetos de resíduos sólidos, por exemplo, uma vez que a cidade aderiu ao Integra Resíduos.


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