Polícia realiza reconstituição da morte de empresário e aguarda laudos para definir investigação

• Por Paulo Medina

  19 de dezembro de 2025, às 05h 58

Diligência técnica aconteceu na manhã desta quinta-feira, no edifício onde Renato Bandini morava, um ano após a morte, em caso inicialmente tratado como suicídio; delegado responsável afirma que nenhuma hipótese está descartada

A investigação sobre a morte do empresário Renato Bandini, de 42 anos, entrou em uma fase decisiva após a realização da reconstituição dos fatos na manhã desta quinta-feira (18), no Jardim Paulista, em Americana. A reprodução simulada ocorreu exatamente no local onde Renato foi encontrado morto, em dezembro de 2024, e agora a Polícia Civil aguarda a conclusão dos laudos periciais para definir com mais precisão os rumos da investigação do caso.

Responsável pelo inquérito, o delegado Lúcio Antônio Petrocelli destacou ao Tribuna Liberal a importância da diligência dentro do processo investigativo. “Toda diligência como meio de prova é importante para a investigação criminal, e a reprodução simulada dos fatos é um meio de prova”, afirmou.

Perguntado sobre os próximos passos, o delegado reforçou que ainda não há conclusão sobre a natureza da morte. “Não podemos descartar nada ainda sobre a morte suspeita e suicídio, estamos aguardando os laudos finais”, disse.

Renato Bandini era diretor da empresa Bandini Lar e Construção, uma das principais da região no segmento, e foi encontrado morto na noite de 15 de dezembro de 2024, na sacada do salão de festas do edifício onde morava, cinco andares abaixo de seu apartamento.

Embora o caso tenha sido inicialmente registrado como suicídio, o surgimento de contradições em depoimentos e dúvidas técnicas levou a família a solicitar novas diligências, o que motivou o aprofundamento da apuração e o encaminhamento do processo à Vara do Júri de Americana, que solicitou a reconstituição. 

Renato Bandini foi encontrado morto no edifício onde morava, no Jardim Paulista, em Americana

O advogado da família, Ederson Fernando Rodrigues, acompanhou a reconstituição no local, ao lado do irmão da vítima, Gustavo Bandini, que esteve escoltado por policiais. Ao Tribuna Liberal, o advogado reforçou que o momento ainda não permite conclusões. “A reconstituição realizada hoje é uma diligência técnica importante dentro do inquérito policial, conduzida pela Polícia Civil. Ela tem a finalidade de permitir uma análise mais precisa da dinâmica dos fatos, confrontando versões e elementos técnicos já existentes”, explicou.

EXAME

Rodrigues também explicou que qualquer definição sobre mudança ou manutenção da linha investigativa cabe exclusivamente às autoridades. “Neste momento, não é possível, nem adequado, fazer qualquer avaliação conclusiva sobre resultados ou eventual alteração de linha de investigação. Esse exame cabe exclusivamente às autoridades responsáveis, após a análise técnica de tudo o que foi produzido”, afirmou.

Segundo o advogado, a família mantém confiança na apuração do caso. “O que posso afirmar é que a família está confiante no trabalho da Polícia Civil e do Ministério Público e aguarda, com serenidade e respeito às instituições, que as conclusões sejam apresentadas no momento oportuno”, disse.

Bandini foi encontrado morto no edifício onde morava