Alunos da EE Alice Souza realizam caminhada ecológica no Quilombo
Em uma iniciativa que une aprendizado e conscientização
ambiental, alunos do 9º ano da Escola Estadual Alice Antenor de Souza, apoiados
pela equipe gestora e pelo professor de Ciências Vilson Oliveira, realizaram
uma caminhada ecológica e pedagógica ao longo do Ribeirão Quilombo, o principal
rio que corta o território sumareense.
A aula extraclasse foi embasada pelas metodologias ativas,
com o lema “Na prática e Com suas palavras”, associando o conteúdo do material
digital à vivência real. “Quando temos aulas diferentes e contato com o meio
ambiente, a aprendizagem se torna mais eficiente”, ressaltou a aluna Ana
Beatriz.
Durante a atividade, o professor Vilson Oliveira
compartilhou a história do Ribeirão Quilombo. “Quando Sumaré se emancipou de
Campinas, em 1953, o rio era piscoso e oferecia lazer aos moradores nos fins de
semana. No entanto, o rápido e elevado aumento populacional e a instalação de
inúmeras indústrias resultaram no despejo de resíduos, contaminando a água e
destruindo ecossistemas aquáticos”, explicou.
Os alunos não só observaram o estado atual do rio, mas
também expressaram suas preocupações e elogios. A aluna Amanda elogiou os
esforços da Prefeitura Municipal de Sumaré na limpeza das margens, destacando
que essa iniciativa é fundamental para evitar a proliferação de animais
peçonhentos e melhorar a imagem da área.
Thainá argumentou que a população local sofre com o mau
cheiro, que se agrava na época da seca. Para ela e outros moradores, a
despoluição do rio é um sonho e uma necessidade de infraestrutura.
O professor também destacou a relevância hidrográfica do
Ribeirão Quilombo, que integra uma pequena bacia que abrange os municípios de
Campinas, Paulínia, Sumaré e Americana até desaguar no Rio Piracicaba. Por
isso, “é preciso um olhar especial da sociedade a esse importante recurso
natural”, enfatizou.
A caminhada também trouxe à tona questões urbanas, uma vez
que uma prioridade para a região seria a construção de um viaduto para melhorar
a mobilidade urbana, pois o retorno para Nova Odessa é um grande transtorno.
Atualmente, apenas motociclistas e moradores locais se beneficiam da ponte de
madeira reformada, que permite o acesso a pé ao Centro ou a ônibus para
Americana.
Ao final da atividade, o professor Vilson ressaltou o valor e a relevância da aula. “Estar ao lado dos alunos neste momento é reafirmar nossa missão docente de formar cidadãos comprometidos com a história, a identidade e o desenvolvimento social, proporcionando a eles um papel ativo na construção do próprio conhecimento”, disse.

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