Moradores da região encerram 2025 pagando R$ 1,5 bilhão em impostos
Impostômetro aponta crescimento de 10% no montante de tributos pagos pela população aos governos municipal, estadual e federal em relação a 2024; Hortolândia é a cidade que mais pagou impostos para as três esferas neste ano
Os moradores de Sumaré, Hortolândia, Monte Mor, Nova Odessa,
Paulínia e Americana encerram 2025 com um peso maior no bolso quando o assunto
é carga tributária. Dados do Impostômetro indicam que a região somou R$ 1,5
bilhão em impostos pagos ao longo do ano, valor que representa um aumento
regional de 10,1% em comparação com 2024, quando o total foi de R$ 1,3 bilhão.
O Impostômetro considera os tributos pagos pela população aos governos
municipal, estadual e federal.
O crescimento foi generalizado e atingiu todos os municípios
da região. Hortolândia aparece no topo do Impostômetro regional em 2025, com R$
398,5 milhões, ante R$ 363,4 milhões no ano anterior — alta aproximada de 9,7%.
Americana vem logo atrás, passando de R$ 346,8 milhões em 2024 para R$ 380,2
milhões em 2025, um avanço de 9,6%.
Paulínia também registrou crescimento. O município saltou de
R$ 279,2 milhões para R$ 306,1 milhões, o que representa aumento de 9,6%. Em
Sumaré, os tributos pagos subiram de R$ 278,2 milhões em 2024 para R$ 305
milhões em 2025, crescimento semelhante, na casa de 9,6%.
Entre os municípios de menor porte, a tendência foi a mesma.
Nova Odessa passou de R$ 65,3 milhões para R$ 71,6 milhões, alta aproximada de
9,6%, enquanto Monte Mor registrou elevação de R$ 59,8 milhões para R$ 65,6
milhões, crescimento de cerca de 9,7% em um ano.
Para muitos moradores, os números refletem uma sensação já
presente no dia a dia. “A gente percebe no mercado, no combustível, nas contas.
Tudo sobe e, junto, os impostos também acabam pesando mais”, afirma Sandra
Lopes, moradora de Sumaré.
Em Hortolândia, o técnico em informática Carlos Henrique
Dias diz que o aumento é sentido mesmo sem perceber diretamente. “Às vezes não
é um imposto novo, mas está embutido em tudo o que a gente consome. No fim do
mês, sobra menos”, comenta.
Em Americana, Marilza dos Santos avalia que a alta dos
tributos acompanha o custo de vida. “O dinheiro rende menos. A gente paga
imposto até quando compra remédio ou comida. Esses números mostram o que já
sentimos no bolso”, relata.
Especialistas apontam que o crescimento da arrecadação está
ligado a fatores como inflação acumulada, aumento do consumo, reajustes de
tarifas e maior movimentação econômica em setores específicos. Mesmo assim, o
avanço contínuo reforça o debate sobre retorno em serviços públicos e qualidade
de vida.
O Impostômetro, gerido pela Associação Comercial de São
Paulo (ACSP), deve atingir, pela primeira vez, a marca de R$ 3,98 trilhões
nesta quarta-feira (31), no Brasil, com chance de crescimento de 10,56%.

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