Economia
Cidade é composta por base agrícola sólida, mas falta diversificação produtiva, segundo especialistas

Monte Mor registra menor renda por pessoa da região, diz estudo do IBGE

Dados do Censo Demográfico 2022 apontam que município tem renda domiciliar per capita mais baixa entre cidades da região, com média de R$ 1.367,63 por habitante, menos que um salário mínimo; levantamento expõe desigualdade

Monte Mor apresenta a menor renda domiciliar per capita entre os municípios da região, segundo os dados do Censo Demográfico 2022, recém-divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O valor médio por pessoa no município é de R$ 1.367,63, menos da metade do registrado em Vinhedo, cidade com a maior renda da região de Campinas, que alcançou R$ 3.247,77.

A diferença evidencia o contraste econômico entre as cidades da região. Enquanto Paulínia (R$ 2.680,07) e Americana (R$ 2.358,27) mantêm índices elevados, impulsionados pela presença de indústrias e polos de serviços, municípios como Sumaré (R$ 1.586,30) e Hortolândia (R$ 1.619,28), aparecem mais próximos da média regional.

De acordo com economistas, a estrutura econômica de Monte Mor explica parte dessa defasagem salarial em relação à região. Monte Mor é formada por uma base agrícola forte, mas falta diversificação produtiva, com mais indústrias.

Nos últimos anos, cidades como Paulínia registraram forte expansão imobiliária e atraíram empreendimentos de alto padrão, o que elevou o valor médio da renda domiciliar e ampliou a concentração econômica na cidade. Apesar dos números desfavoráveis, especialistas apontam que Monte Mor tem potencial para crescer, especialmente com investimentos em infraestrutura, qualificação profissional e atração de novas empresas.

A expectativa é que futuros programas de desenvolvimento ajudem a reduzir as desigualdades e impulsionar o poder de compra das famílias no município. O Censo 2022 revela ainda que a prosperidade não se distribui de forma homogênea entre as cidades brasileiras: as diferenças regionais continuam evidentes.

Em 520 municípios brasileiros — o equivalente a 9,3% do total de 5.571 cidades —, a média salarial dos trabalhadores não alcança sequer um salário mínimo (R$ 1.212, valor de 2022) - como é o caso de Monte Mor. No extremo oposto, apenas 19 municípios apresentaram rendimento médio superior a quatro salários mínimos (R$ 4.848, também em valores da época). 

Os dados, divulgados pelo IBGE, destacam o abismo que separa os diferentes recortes geográficos do país. O Censo permite enxergar o retrato completo, cidade por cidade, da realidade econômica brasileira.

Cidadão de Monte Mor pode apresentar emendas para PPA e LOA

Os Projetos de Lei da Prefeitura que tratam do Plano Plurianual (PPA) 2026-2029 e da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2026 estão tramitando na Câmara de Monte Mor. Os interessados em apresentar emendas, sugerindo mudanças no texto, podem protocolar as propostas na Casa (Rua Rage Maluf, 45) até o dia 20 de outubro. É o que determina o edital divulgado pelo presidente do Legislativo, Beto Carvalho (PP).

Conforme o documento, as emendas podem ser entregues diretamente na recepção, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Ainda segundo o edital, é preciso que as propostas sejam assinadas por no mínimo 5% do eleitorado - ou seja, 2,3 mil pessoas (já que, conforme o TSE, Monte Mor tem 46,6 mil eleitores). Essas matérias consistem em instrumentos de planejamento orçamentário previstos na Constituição Federal.

O PPA define as diretrizes, objetivos e metas do município para os próximos quatro anos. Já a LOA estima a receita e fixa a despesa para 2026. O orçamento geral de Monte Mor para o próximo ano é estimado em R$ 514,7 milhões.

O Projeto da LOA traz as despesas, por órgão: Câmara (R$ 13,5 milhões), Prefeitura (R$ 444,7 milhões) e Instituto de Previdência (R$ 56,5 milhões).

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