Economia
Crescimento nas vendas foi ainda mais acentuado no terceiro trimestre, entre julho e agosto deste ano

Microrregião registra aumento de 24,6% nas vendas de novos imóveis

Municípios como Sumaré e Hortolândia confirmam força do mercado imobiliário regional; Valor Geral de Vendas também cresceu, impulsionado pelo desempenho do terceiro trimestre, quando comercializações subiram 50,2%

A microrregião de Campinas, composta por Sumaré e Hortolândia, continua despontando como um dos mercados de imóveis mais aquecidos do interior paulista. Pesquisa elaborada pela Secovi-SP, em parceria com Brain Inteligência Estratégica, apontou que na microrregião foram comercializados 10.475 novos imóveis de janeiro a setembro de 2025 frente a 8.406 em 2024, o que representa um aumento de 24,6%.

O levantamento também revelou aumento de 25,3% no VGV (Valor Geral de Vendas), calculado pela soma do valor potencial de venda de todas as unidades de um empreendimento a ser lançado. Foram R$ 4,641,80 milhões em 2025 frente a R$ 3,703,40 milhões em 2024.

O crescimento nas vendas foi ainda mais acentuado no terceiro trimestre de 2025. De julho a agosto de 2025, foram vendidos 3.429 novos imóveis frente a 2.283 no mesmo período de 2024, o que representa um aumento de 50,2%. Já o VGV do terceiro trimestre de 2025 ficou em R$ 1,302 milhões frente a R$ 923,60 milhões em 2024.

Com relação aos lançamentos, foi registrado aumento de 18,7% no 3º trimestre de 2025. No período, foram lançados 3.074 novos imóveis, frente a 2.590 em 2024. Já nos nove primeiros meses de 2025, foram lançados 8.693 novos imóveis contra 9.882 no mesmo período de 2024, o que revelou uma queda de 12%.

Para a diretora da Regional do Secovi-SP em Campinas, Kelma Camargo, a microrregião de Campinas vive um ótimo momento nas vendas de imóveis, no entanto, é preciso atenção com relação à queda no número de lançamentos. “Mantivemos o mercado aquecido com alta nas vendas porque tínhamos uma oferta bem expressiva. Porém, no terceiro trimestre tivemos uma baixa nos lançamentos e isso pode afetar o mercado em 2026, no que se refere a oferta disponível que está em 24%, o que não é o ideal para Campinas e região. O que pode contribuir para alta de mais lançamentos é a deliberação e definição da Prefeitura Municipal de Campinas sobre a outorga onerosa. Se não houver essa deliberação e a outorga não ficar em patamares razoáveis e couber dentro do bolso da construção dos imóveis, nós ainda vamos viver 2026 sem lançamentos”, avalia a diretora da regional.

A microrregião de Campinas é formada pelas cidades de Campinas, Hortolândia, Indaiatuba, Sumaré, Valinhos e Bragança Paulista. A Pesquisa do Mercado Imobiliário do Interior, da Baixada Santista e da Região Metropolitana de São Paulo, referente ao 3º trimestre de 2025, engloba os dados de 41 cidades paulistas e regiões, referentes a lançamentos, vendas, estoque, valor de metro quadrado, entre outros.

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