Espaço TEA de Americana começará acolher cuidadores em 6 de novembro
Projeto ‘Olhar para si: acolhimento para quem cuida’ é
voltado a familiares e cuidadores de pessoas com Transtorno do Espectro Autista
atendidas pela rede municipal para promover escuta, apoio emocional e troca de
experiências
O Espaço TEA, dedicado ao atendimento de pessoas com
Transtorno do Espectro Autista, no Núcleo de Especialidades de Americana, dará
início no dia 6 de novembro ao projeto “Olhar para si: acolhimento para quem
cuida”, um grupo terapêutico voltado a cuidadores de pessoas com TEA atendidas
pela rede municipal de saúde. A proposta visa oferecer um espaço de escuta,
apoio emocional e troca de experiências para mães e familiares que convivem
diariamente com as demandas do cuidado.
O projeto é uma iniciativa da Prefeitura de Americana, por
meio da Secretaria de Saúde, e será conduzido pela equipe técnica do Núcleo de
Especialidades. Os encontros acontecerão quinzenalmente, sempre às
quintas-feiras, das 10h às 11h, no próprio Espaço TEA (Rua Goiânia, 80 - Vila
Nossa Senhora de Fátima). Não é necessário fazer inscrição prévia, bastando
comparecer ao local no horário determinado.
Durante os encontros, conduzidos por uma psicóloga do
Núcleo, os participantes terão a oportunidade de compartilhar vivências,
expressar sentimentos e refletir sobre as dificuldades e os aprendizados da
rotina de cuidado. As reuniões terão formato aberto e dinâmico, permitindo que
os temas surjam a partir das necessidades e histórias trazidas pelo grupo.
Quando identificadas situações de vulnerabilidade emocional ou social, os participantes poderão ser encaminhados para acompanhamento especializado, garantindo continuidade ao cuidado.
DEMANDA CRESCENTE
A diretora da Unidade de Atenção Especializada e de Urgência
e Emergência, Ana Rúbia Soares de Andrade, ressalta que o grupo surge como
resposta a uma demanda crescente por espaços de escuta voltados a familiares e
cuidadores. “Quem cuida também precisa ser cuidado. Esse projeto é uma forma de
reconhecer a importância emocional, física e social de quem dedica tempo e
afeto ao outro. Ao oferecer acolhimento, fortalecemos o cuidador e,
consequentemente, melhoramos a qualidade do cuidado prestado aos nossos
pacientes”, destaca.
A coordenadora do Núcleo de Especialidades, Valeska
Dalanezi, reforça que o projeto está alinhado às diretrizes do Ministério da
Saúde, que orientam a criação de grupos de apoio e convivência para famílias de
pessoas com TEA. “O Olhar para si foi pensado como um espaço seguro, onde cada
cuidador possa encontrar acolhimento, compreender seus próprios limites e
desenvolver estratégias de enfrentamento mais saudáveis. Cuidar da saúde mental
de quem cuida é essencial para promover uma rede de atenção mais humana e
efetiva”, afirma.
O grupo “Olhar para si: acolhimento para quem cuida” integra
as ações permanentes do Espaço TEA, que já realiza atividades de orientação
parental e acompanhamento multiprofissional voltadas a pacientes diagnosticados
com o transtorno.

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