Sumaré ativa plano especial contra chuvas e mapeia dez áreas de risco
Município institui Plano de Contingência para o período crítico de temporais e Comitê de Gestão de Risco envolve todas as secretarias municipais, cada uma com funções específicas; áreas vulneráveis passam a ter atenção especial da gestão
O prefeito Henrique do Paraíso (Republicanos) decretou a
Operação Chuvas de Verão 2025/2026 e instituiu o Plano de Contingência de
Proteção e Defesa Civil (PCPDC) em Sumaré. O objetivo é reduzir riscos de
desastres, proteger vidas e estruturar a resposta do município diante de chuvas
intensas e eventos climáticos extremos. Sumaré possui dez áreas de risco que
serão alvo de vigilância do poder público.
O plano passa a orientar todas as medidas de prevenção,
resposta e recuperação em eventuais ocorrências a partir de agora. A operação
será executada até 31 de março de 2026, com possibilidade de antecipação ou
prorrogação conforme as condições meteorológicas.
Pelo decreto, Henrique do Paraíso formaliza o Comitê
Municipal de Gestão de Risco e Desastres, composto por representantes de todos
os órgãos da administração direta e indireta, incluindo Gabinete do Prefeito,
secretarias municipais, Fundo Social de Solidariedade e Polícia Municipal. O
Comitê poderá convocar outros setores conforme a necessidade, garantindo
articulação plena em situações de emergência.
O Plano de Contingência está estruturado em quatro níveis
operacionais baseados em índices pluviométricos, previsão meteorológica e
vistorias técnicas: o estado de observação (até 80 mm de chuva), em que o
monitoramento é intensificado; o estado de atenção (a partir de 80,1 mm),
quando começam as vistorias de campo; o estado de alerta, que permite remoção
preventiva de famílias após avaliação técnica; e o estado de alerta máximo, que
determina a retirada total de moradores das áreas consideradas críticas.
Um ponto central do decreto é o reforço sobre as dez áreas
de risco identificadas pelo mapeamento do Instituto de Pesquisas Tecnológicas
(IPT). Entre elas estão pontos no Bairro das Três Pontes, Basilicata, Jardim
Nova Terra, Jardim Lúcia, Jardim São Luiz, Vila Diva, Nova Veneza, Jatobá,
Jardim Dulce e Jardim Primavera. Essas regiões passam a ser monitoradas com
prioridade para vistorias, interdições, remoções preventivas, demolições de
imóveis condenados e ações de mitigação de risco.
O decreto determina ainda que a Defesa Civil publique
comunicados diários no portal oficial do município e no Instagram da
corporação, garantindo informação constante sobre áreas de risco, avisos de
chuva forte, protocolos de prevenção e orientações emergenciais. Cada
secretaria municipal recebe atribuições específicas para atuar na Operação
Chuvas de Verão. A Secretaria de Governo coordena o Sistema Municipal de
Proteção e Defesa Civil e organiza o Centro de Operação de Emergência (COE).
A Diretoria Executiva da Defesa Civil se torna responsável pela articulação com órgãos estaduais e federais, pela recomendação técnica para decretação de Situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública e pela condução de treinamentos e simulados. Secretarias como Obras, Planejamento, Serviços Públicos e Sustentabilidade assumem funções estruturais, voltadas à drenagem, contenção, urbanização segura e recuperação de áreas afetadas.
Saúde, Assistência Social e Habitação atuam no suporte às famílias,
incluindo operação de abrigos, acolhimento e proteção social. Segurança Pública
e Polícia Municipal reforçam a preservação da ordem, interdições, controle de
trânsito e amparo às equipes de campo. Finanças viabiliza recursos
emergenciais, inclusive com uso da Reserva de Contingência. Educação contribui
com ações pedagógicas e disponibilização de unidades escolares como abrigos.
Mobilidade Urbana identifica vias sujeitas a alagamento e
coordena medidas emergenciais de tráfego. O decreto também obriga que todos os
órgãos envolvidos priorizem o enfrentamento de arboviroses e zoonoses,
especialmente diante das condições favoráveis à proliferação de vetores durante
o período chuvoso. Com a publicação do decreto, Sumaré visa um modelo de gestão
preventiva, estruturada e integrada, para reduzir danos.
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