Política
Vereadores alteraram Lei Orgânica e aprovaram emenda do governo que exclui texto que barrava privatização

Parlamentares de Americana aprovam mudança na lei para concessão do DAE

Câmara abriu espaço para implantação de novas alternativas de gestão do saneamento básico na cidade; base do prefeito Chico Sardelli garantiu aprovação de alteração na Lei Orgânica durante segundo turno de votação

Os vereadores de Americana aprovaram nesta terça-feira (16), por 16 votos a dois, em segunda discussão, a emenda que derruba a proibição legal de concessão do Departamento de Água e Esgoto (DAE) à iniciativa privada. 

A medida, proposta pelo prefeito Chico Sardelli (PL), permite agora que o Executivo avalie formas de gestão e parcerias sobre o tema. A votação teve apoio da base governista e enfrentou protestos do sindicato dos servidores. Os parlamentares mudaram a Lei Orgânica, revogando o texto que impedia a privatização.

Representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Americana (SSPMA) deflagraram protestos contra a proposta. O líder do governo, Lucas Leoncine (PSD), porém, defendeu que a decisão representa um passo necessário em busca de soluções ao investimento em abastecimento de água.

Enquanto a Câmara abre espaço para novas alternativas de gestão, a Justiça determinou a suspensão do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) 01/2025, que buscava empresas ou consórcios interessados em elaborar estudos de viabilidade para a concessão do abastecimento de água e esgoto.

A liminar foi concedida pelo juiz Willi Lucarelli, da 2ª Vara Cível de Americana, em resposta a uma ação popular movida pelo ex-vereador Renato Salvador Martins e por Sara Cristiane Pinto Talarico, presidente do partido Agir.

Na decisão, além de paralisar o estudo de concessão, o magistrado fixou prazo para que o município apresente um cronograma detalhado de melhorias no setor de saneamento. Ele também lembrou que em 2022 a prefeitura já havia contratado a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), por cerca de R$ 1,7 milhão, para estudos semelhantes. A administração já informou a apresentação de recurso contra a decisão judicial.

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