Política
Escolas e unidades de saúde de Monte Mor caminham para retirada do laudo dos Bombeiros

Murilo contrata empresa para regularizar AVCBs em escolas e unidades de saúde de Monte Mor

Prefeito firma contrato para corrigir pendências históricas com regularização de prédios da saúde e da educação; valor total do acordo é de R$ 118.972,00, com validade de 12 meses; TCE-SP já criticou risco em escolas municipais

A Prefeitura de Monte Mor assinou contrato com a empresa Impacto Extintores Ltda. O acordo, no valor de R$ 118.972,00, prevê a realização de serviços de engenharia e arquitetura para a regularização de projetos técnicos e a obtenção do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) de prédios ligados à Secretaria de Saúde e às unidades escolares do município. A vigência do contrato será de 12 meses.

O prefeito Murilo Rinaldo (PP) assinou o documento, que atende a uma demanda antiga: a adequação das estruturas públicas às normas de segurança contra incêndios e pânico. A medida aconteceu após novas cobranças da Câmara Municipal. Em junho deste ano, a vereadora Wal da Farmácia (PSB) apresentou requerimento exigindo informações sobre a situação legal de equipamentos de saúde.

A parlamentar pediu cópias dos AVCBs, laudos de vistoria da Vigilância Sanitária e registros no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) de unidades como UBSs, Centro Odontológico, Farmácia de Alto Custo e Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Na ocasião, em resposta ao Tribuna Liberal, a prefeitura reconheceu que encontrou irregularidades generalizadas quando assumiu a gestão, em janeiro de 2025, atingindo prédios da saúde, educação, administração e até o próprio Paço Municipal.

A situação já havia sido evidenciada em relatórios anteriores. Em 2024, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) realizou fiscalização em unidades de saúde de Monte Mor e apontou ausência de AVCBs, falta de medicamentos, espera de até seis anos para exames e cirurgias, além de problemas graves na gestão da rede.

Na área da educação, a Escola Municipal Maria Tonin, no Jardim Panorama, foi alvo de críticas do TCE. Um relatório apontou que o local funcionava sem AVCB, sem extintores, com banheiros danificados e infraestrutura deteriorada, oferecendo risco aos alunos.

Com a contratação da empresa, a administração busca dar uma resposta às pressões políticas e aos apontamentos de órgãos de controle. A expectativa é que, no prazo de vigência do contrato, unidades de educação e saúde viabilizem laudos de conformidade do Corpo de Bombeiros.

Além de atender às normas de segurança, a medida é considerada fundamental para resguardar alunos, servidores e pacientes, além de evitar sanções administrativas e judiciais ao município.

Deixe um comentário