Política
Legislativo reprovou denúncia contra parlamentar e arquivou definitivamente o caso

Câmara rejeita denúncia que pedia cassação de vereador por omissão em furto a castramóvel em Monte Mor

Representação protocolada no Legislativo por morador disse que Josuel Dias da Conceição Alves sabia quem furtou equipamentos públicos; parlamentar afirmou que sequer era vereador na época do caso e desqualificou a denúncia

Os vereadores de Monte Mor reprovaram nesta terça-feira (28) a admissibilidade da denúncia protocolada por um morador pedindo a instauração de processo de cassação do mandato do vereador Josuel Dias da Conceição Alves (PSD). 

A representação também solicitava a exoneração da assessora parlamentar do gabinete. Ambos foram acusados de omissão diante de um crime contra o patrimônio público municipal.

Conforme a denúncia, o caso está ligado ao furto de um gerador e de aparelhos de ar-condicionado instalados na unidade móvel de castração de animais, o conhecido “castramóvel”, pertencente à Prefeitura Municipal.

De acordo com Cleuton Neves de Souza, autor da denúncia, o vereador teria declarado nas redes sociais que sabia quem praticou o furto e onde os equipamentos estavam guardados, mas não teria comunicado as autoridades competentes no momento em que tomou conhecimento dos fatos.

O documento afirmou que o parlamentar chegou a publicar mensagens em que dizia poder revelar a identidade do autor do crime ao vivo. As postagens, segundo a denúncia, mais tarde foram apagadas, quando o caso ganhou repercussão.

Ainda conforme a denúncia, o vereador somente protocolou requerimento sobre o assunto na Câmara após a repercussão negativa, o que teria sido, segundo o denunciante, uma tentativa de “simular cumprimento de dever funcional”.

A denúncia também alegou que a assessora do gabinete teve conhecimento dos fatos, inclusive sendo responsável por transmissões ao vivo do mandato, mas não comunicou o crime às autoridades.

No protocolo, Cleuton citou suposta prevaricação, omissão de comunicação de crime, favorecimento pessoal, abuso de autoridade, improbidade administrativa e quebra de decoro parlamentar.

CASO ARQUIVADO

O Plenário, contudo, rejeitou todos os argumentos da denúncia e arquivou o caso em definitivo.

OUTRO LADO

Josuel disse que o denunciante já lhe ofereceu serviços de marketing, mas os negou, se disse surpreso com a denúncia, apontou erros no procedimento, e afirmou que sequer era vereador na época do furto relatado. “Denúncia totalmente infundada, totalmente de cunho de perseguição”, disse. Somente a vereadora Wal da Farmácia (PSB) votou pela aceitação da denúncia contra Josuel. 

ANDREA GARCIA

Recentemente, a Câmara também rejeitou o recebimento de denúncia contra a vereadora Andrea Garcia (PSD). A acusação, feita por um morador, alegava quebra de decoro parlamentar e infração político-administrativa por declarações da parlamentar durante sessão de 8 de setembro. 

Na ocasião, Andrea afirmou que o programa Tarifa Zero “começou errado” e foi “um projeto politiqueiro”, durante debate sobre a revogação da medida. O denunciante sustentou que, por ter sido líder do governo Edivaldo Brischi à época da aprovação do projeto, a fala da parlamentar configuraria incoerência e falta de decoro.

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