Polícia Civil desmantela organização criminosa em operação em Monte Mor
Ação cumpre 19 mandados de prisão e mira estrutura avançada
de tráfico na região central do município; cerca de 40 policiais civis também
cumpriram mais de 30 mandados de busca e apreensão domiciliar com ao menos 20
viaturas
A Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira (19) a terceira fase da Operação Arranha-Céu, que resultou na desarticulação completa de uma organização criminosa voltada ao tráfico de drogas na área central de Monte Mor.
A ação foi conduzida pela Delegacia de Polícia do município, vinculada à Seccional de Americana. Nesta etapa, foram expedidos 21 mandados de prisão preventiva. Desse total, 19 foram cumpridos, enquanto dois investigados permanecem foragidos.
Polícia
conseguiu desarticulação completa de organização criminosa voltada ao
tráfico de drogas
Segundo a polícia, também houve o cumprimento de mais de 30
mandados de busca e apreensão domiciliar, mobilizando aproximadamente 40
policiais civis e cerca de 20 viaturas.
As investigações, iniciadas há cinco meses, revelaram uma
estrutura criminosa rígida, com divisão de funções e atuação contínua. O grupo
operava por meio de plantões, revezamentos e estratégias de ocultação de
valores, mantendo o tráfico ativo principalmente na Rua João Evaristo, região
central do município.
A apuração avançou a partir de denúncias de moradores e
comerciantes. Equipes realizaram campanas, monitoramentos e levantamentos de
inteligência, além de utilizarem interceptações telefônicas, telemáticas e
gravações de áudio e vídeo autorizadas pela Justiça, o que permitiu o
mapeamento completo do funcionamento da organização.
Na fase anterior da operação, vários suspeitos foram detidos
após terem suas participações comprovadas por meio de diálogos, vídeos,
mensagens e chamadas interceptadas. Com a terceira fase, os demais integrantes
foram capturados, restando apenas dois procurados.
DENÚNCIA DA PROMOTORIA
O Ministério Público apresentou denúncia contra todos os
indiciados pelos crimes de tráfico de drogas e organização criminosa. Segundo a
Polícia Civil, não está descartado o indiciamento de alguns membros por lavagem
de dinheiro, em razão do uso de contas bancárias próprias e de terceiros para
movimentação de valores ilícitos.
Durante o curso das investigações, também foram cumpridos
mandados de prisão temporária, reforçando o cerco contra o grupo e dificultando
a continuidade das atividades criminosas na região.
A operação foi coordenada pelo delegado Fernando Bueno de
Castro, responsável pelo inquérito policial. Ele contou com o apoio do Setor de
Investigações Gerais e do Primeiro Cartório Criminal da unidade, acompanhando
pessoalmente todas as fases, desde os levantamentos até o cumprimento dos
mandados.
A Polícia Civil afirma que novas etapas da operação não
estão descartadas. A corporação avalia que novos elementos podem surgir,
especialmente ligados ao fluxo financeiro da organização e à possível
participação de outros envolvidos ainda não identificados.

Deixe um comentário