Gama afasta guardas após denúncias de tortura e abusos de autoridade
A Guarda Municipal de Americana (Gama) afastou 16 agentes de suas funções após denúncias de tortura e abuso de autoridade registradas em dois episódios distintos ocorridos no mês de outubro. As apurações estão sob responsabilidade da Corregedoria da corporação e da Polícia Civil.
Entre os afastados, três ocupavam cargos de confiança e
foram destituídos das funções no último dia 17. Um deles exercia o posto de
inspetor, enquanto os outros dois, um homem e uma mulher, atuavam como
subinspetores.
Além dos ocupantes de cargos de chefia, também foram
afastados guardas que atuavam como patrulheiros. A medida administrativa,
segundo a corporação, pode se estender por até 60 dias, com possibilidade de
prorrogação por igual período.
O primeiro caso investigado aconteceu no dia 15 de outubro,
durante o atendimento a uma denúncia de furto de celular na Rua das Violetas,
no bairro Cidade Jardim. No local, as equipes localizaram um suspeito que
tentou fugir ao perceber a aproximação das viaturas.
Após ser alcançado, o homem teria sido agredido por agentes
da Gama. Imagens que circularam nas redes sociais mostram o suspeito já rendido
enquanto sofre agressões, com a presença de outros guardas no local.
O segundo episódio ocorreu dois dias depois, após a
abordagem de um homem de 40 anos na Avenida Brasil, nas proximidades do Centro
de Cultura e Lazer (CCL). O caso foi formalizado por meio de boletim de
ocorrência.
De acordo com o relato da vítima, ele teria sido colocado no compartimento de presos de uma viatura e levado até as imediações do Casarão do Salto Grande, onde teria sofrido agressões. Ainda segundo o registro policial, após os fatos, um dos guardas teria lançado o homem de uma ponte. A vítima conseguiu buscar ajuda em uma empresa próxima e foi socorrida por uma ambulância.
Em nota, a Guarda Municipal de Americana informou que todas as denúncias estão sendo apuradas e reforçou que não tolera qualquer tipo de desvio de conduta por parte de seus integrantes. A Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) também se manifestou, informando que os casos são investigados por meio de inquérito policial e seguem em andamento.
.png)
Deixe um comentário