Polícia
Corpo de Marilza Machado de Oliveira foi localizado em março, no Ribeirão Quilombo

DNA liga mulher achada no Ribeirão Quilombo à casa de suspeito de homicídio em Sumaré

Exame confirma que sangue encontrado na residência de homem é de Marilza Machado, de 53 anos; vítima foi localizada morta com evidências de tortura

A investigação da Polícia Civil confirmou que o sangue encontrado na residência do suspeito de matar e torturar uma mulher em março deste ano, em Sumaré, pertence à vítima Marilza Machado de Oliveira, de 53 anos. A identificação foi atestada por exame de DNA, reforçando a linha de investigação que aponta o suspeito M. A.P. S. como autor do crime.

Marilza foi encontrada morta em 13 de março, no Ribeirão Quilombo, trecho de Sumaré. Diante do avançado estado de decomposição, o Instituto Médico Legal (IML) de Americana realizou exames para identificação oficial.

O delegado responsável pelo caso, Bruno Ramaldes Puppim, afirmou que o laudo reforça a materialidade da acusação e que o DNA da mulher na residência do homem confirma a autoria. A investigação foi encaminhada para a Promotoria de Justiça e a expectativa é de que o julgamento ocorra pelo Tribunal do Júri.

RECONHECIMENTO

A família reconheceu o corpo da mulher com sinais de tortura. A vítima era dona de casa. Ela ficou dias desaparecida e morava no Jardim Minesota. Marilza foi encontrada por um morador que disse que o corpo estava às margens do Ribeirão Quilombo. O rio passa aos fundos da casa da testemunha do caso. A vítima estava presa aos galhos de árvores e parcialmente submersa, com as mãos amarradas para trás e cabelos raspados.

O corpo foi retirado do local pela equipe do Corpo de Bombeiros. De acordo com o boletim de ocorrência registrado pelo filho da vítima, a mãe bebia álcool e vivia com o companheiro atual há dez anos. No entanto, mantinha uma boa relação com a família e foi a primeira vez que passou alguns dias longe de casa. Posteriormente, familiares estiveram no 3° DP (Distrito Policial) e concluíram o reconhecimento do corpo, com o resultado das impressões digitais de Marilza.

PRISÃO PREVENTIVA

O homem foi preso preventivamente em junho. Ele possui passagens anteriores, incluindo 15 anos de reclusão por crimes de extorsão mediante sequestro e roubo. Durante o cumprimento de mandado de busca em sua casa, a polícia encontrou uma carteira roubada de outra vítima, além de marcas de sangue. Uma corda semelhante à utilizada para amarrar Marilza também foi apreendida.

A investigação teve início após o corpo ser localizado no Ribeirão Quilombo. Imagens mostraram a vítima em um bar antes do crime e o horário em que ela deixou o local coincide com o trajeto até a casa do suspeito. Uma denúncia anônima também relatou gritos de uma mulher vindos da residência.

Uma testemunha relatou ter visto e ouvido M. torturando a vítima. Apesar das evidências, o suspeito permaneceu em silêncio durante depoimentos e não revelou as motivações do crime. O caso foi registrado como homicídio qualificado e tortura no 3º Distrito Policial de Sumaré. O suspeito segue preso.

 

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