Cidades da região registram aumento na frota de ciclomotores em dois anos
Levantamento solicitado pelo Tribuna Liberal junto ao Detran mostra crescimento de 447 para 543 ciclomotores nos seis municípios da região entre 2023 e 2025; Nova Odessa tem maior avanço proporcional, com aumento de 68,7%
A frota de ciclomotores das cidades da região apresentou
crescimento nos últimos dois anos, segundo dados fornecidos pelo Departamento
Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) ao Tribuna Liberal. O total
passou de 447 veículos registrados em dezembro de 2023 para 543 em outubro de
2025, o que representa uma alta regional de 21,47%, equivalente a 96 novos
ciclomotores em circulação.
Os números individuais mostram que Sumaré evoluiu de 114
para 135 ciclomotores, aumento de 21 unidades que correspondem a 18,42%.
Hortolândia saltou de 49 para 70, um crescimento de 42,86%, enquanto Americana
avançou de 155 para 174, aumento de 19 unidades, equivalente a 12,26%.
Paulínia cresceu de 56 para 60, alta de 7,14%, e Nova Odessa
registrou o maior salto percentual da região ao passar de 48 para 81
ciclomotores, avanço de 33 unidades que representa expressivos 68,75%. A única
cidade que apresentou queda foi Monte Mor, que reduziu sua frota de 25 para 23,
uma retração de 8%.
O Detran-SP explicou que a atualização dos dados ocorre em
um momento importante, já que, a partir de janeiro de 2026, apenas ciclomotores
devidamente registrados, licenciados e em conformidade com a legislação poderão
circular.
Além dos requisitos de segurança, apenas maiores de idade
habilitados com CNH categoria A ou ACC (Autorização para Condução de
Ciclomotores) poderão conduzir esse tipo de veículo.
Proprietários e motoristas em desacordo com as exigências
estarão sujeitos à fiscalização e a eventuais penalidades. Para o órgão, a
proximidade da obrigatoriedade pode ajudar a explicar parte do aumento no
número de registros nos municípios.
O avanço regional também está alinhado ao movimento de
expansão do setor de motocicletas no país. A Abraciclo, entidade que representa
os fabricantes, revisou para cima sua projeção anual de produção para 2025,
estimando agora 1.950.000 unidades fabricadas no Polo Industrial de Manaus,
alta de 11,5% em relação ao ano anterior. A demanda aquecida levou a associação
a elevar igualmente a previsão de emplacamentos no varejo, que devem alcançar
2.100.000 unidades, crescimento de 11,9%.
Para as exportações, a expectativa permanece em 35.000
unidades, aumento de 13% sobre 2024. Entre janeiro e setembro deste ano, a
produção nacional somou 1.496.169 motocicletas, o melhor desempenho para o
período em 14 anos e 13,1% superior ao registrado no mesmo intervalo do ano passado.
Os modelos de baixa cilindrada, que incluem ciclomotores,
responderam por 79,4% do total produzido em setembro e permanecem como a
principal força do mercado brasileiro. No varejo, as vendas entre janeiro e
setembro chegaram a 1.614.191 unidades, avanço de 14,4% na comparação anual e
recorde histórico para o período. As exportações também cresceram, com 29.490
unidades embarcadas no acumulado do ano, resultado 23,6% maior do que o
registrado em 2024.
Ciclomotores são veículos motorizados de duas ou três rodas
que possuem baixa cilindrada e velocidade limitada, destinados principalmente a
deslocamentos curtos e urbanos. Eles se diferenciam das motocicletas comuns por
terem motor menos potente e desempenho reduzido.
As características principais de um ciclomotor são
cilindrada máxima de até 50 cm³ (no caso de motores a combustão); velocidade
máxima de 50 km/h (limitada por lei); potência reduzida: projetados para
economia e praticidade, não para alta performance; e podem se parecer com motos
pequenas ou até com bicicletas motorizadas. Os exemplos mais comuns são as
“cinquentinhas” (moto de 50 cilindradas), modelos elétricos equivalentes (com
potência inferior a 4 kW) e scooters de baixa cilindrada.
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), quem conduz ciclomotor precisa ter o veículo registrado e licenciado e o uso de capacete é obrigatório. Com o aquecimento do setor, as mudanças legais e o crescimento do interesse por veículos econômicos e ágeis, a tendência é que a frota regional de ciclomotores continue em expansão nos próximos meses.
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