VLT entre Campinas, Hortolândia e Sumaré terá audiências públicas no 2º semestre de 2026, afirma Estado
Com 44 quilômetros de extensão, Veículo Leve sobre Trilhos
terá 18 estações e atenderá cerca de 1,6 milhão de habitantes da Região
Metropolitana de Campinas no futuro; edital de concessão deve ser lançado no
primeiro semestre de 2027
O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que ligará Campinas,
Hortolândia e Sumaré está avançando nas etapas de planejamento e já tem
audiências públicas previstas para o segundo semestre de 2026, segundo
informação da Secretaria de Parcerias em Investimentos do Estado de São Paulo,
divulgada ao Tribuna Liberal. O projeto faz parte do ambicioso programa SP nos
Trilhos, que reúne mais de 40 intervenções de transporte sobre trilhos no
Estado.
Com 44 quilômetros de extensão, o futuro VLT regional terá 18 estações e atenderá cerca de 1,6 milhão de habitantes da Região Metropolitana de Campinas (RMC). A previsão é que o edital de concessão seja lançado no primeiro semestre de 2027, e que a operação do sistema comece em 2028, caso o cronograma seja mantido. “Durante os estudos de viabilidade, o cronograma pode ser ajustado para atender às necessidades do projeto”, disse a pasta estadual.
Mais do que um novo modal de transporte, o VLT da RMC tem
papel estratégico na integração regional. O trajeto será conectado ao Trem
Intercidades (TIC) Eixo Norte, trem de média velocidade que ligará Campinas à
capital paulista, e também ao Aeroporto Internacional de Viracopos.
Tal interligação visa criar uma rede de transporte mais
eficiente, capaz de reduzir a dependência do transporte individual e aliviar o
trânsito em rodovias como a Anhanguera e a Bandeirantes, que hoje concentram
grande fluxo entre Campinas, Sumaré e Hortolândia.
A previsão é que a construção do VLT gere cerca de 3 mil
empregos diretos e indiretos, com potencial de impulsionar a economia regional.
O projeto também promete impactos ambientais positivos, promovendo mobilidade
limpa e sustentável com redução da emissão de poluentes e do consumo de
combustíveis fósseis.
Além disso, o VLT é visto como uma resposta moderna às
demandas crescentes por transporte público eficiente nas áreas urbanas da RMC,
hoje fortemente dependentes de ônibus e veículos particulares.
Estudos técnicos
Atualmente, os estudos de viabilidade técnica, econômica e
ambiental estão em andamento. É com base nesses estudos que será definido o
traçado final do VLT, além de detalhes como localização das estações,
integração com outros modais e diretrizes para a concessão.
A proposta teve início ainda na gestão do ex-secretário de
Parcerias e Investimentos, Rafael Benini, e avançou após articulações com o
prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos). A modelagem do projeto deve
envolver a iniciativa privada, dentro do modelo de concessão pública com
contrapartidas de investimento.
SP nos Trilhos: uma nova era de transporte nas cidades
paulistas
O projeto do VLT Campinas, Hortolândia e Sumaré faz parte do
SP nos Trilhos, programa estadual de infraestrutura ferroviária que prevê mais
de R$ 190 bilhões em investimentos e mais de 1.000 quilômetros de trilhos em
diferentes regiões do Estado, incluindo a capital, o interior e o litoral.
O plano contempla metrôs, trens urbanos, Trem Intercidades e
VLTs, em um modelo de mobilidade integrada e sustentável. Segundo o governo
estadual, o VLT entre Campinas, Hortolândia e Sumaré será um dos marcos desse
processo de transformação regional.
Com os cronogramas de audiências públicas (2026), edital
(2027) e início de operação (2028), o VLT da RMC pode começar a operar ainda
nesta década.

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