Tomate dispara 115,4% na região por causa de entressafra; legumes sobem
Tomate Débora registrou aumento considerável e passou a
custar R$ 7,00 o quilo, segundo levantamento realizado pela Ceasa Campinas;
alta é reflexo direto da entressafra, que reduziu a oferta entre o fim do
inverno e o início da nova safra
Os legumes registraram aumento médio de 6,3% na região, conforme levantamento da Ceasa Campinas, que abastece famílias e comércios de Sumaré e região. O destaque ficou por conta do tomate Débora, que disparou 115,4%, chegando a R$ 7,00 o quilo.
Segundo Paulo Palma, técnico de Mercado e
Agricultura da Ceasa, o movimento é típico deste período do ano. “Está acabando
a safra de inverno em muitas localidades e ainda não começou a segunda parte da
colheita. Teve esse vácuo de tomate no mercado”, explicou.
Outros produtos também apresentaram forte alta: a abobrinha brasileira subiu 16,8%, custando R$ 3,89/kg, o quiabo teve alta de 15,3% (R$ 10,71/kg) e o pepino caipira avançou 7,7% (R$ 3,50/kg).
Segundo o técnico, a
abobrinha reagiu após semanas de queda, enquanto o pepino sofreu com a redução
da oferta. Em contrapartida, o milho verde registrou queda expressiva de 14,2%,
sendo vendido a R$ 2,00/kg, reflexo da maior disponibilidade no mercado.
No setor das frutas, o levantamento apontou uma variação positiva de 1,1%, puxada pela recuperação do morango, que subiu 20% e passou a custar R$ 15,00/kg após sucessivas quedas. Entre os demais destaques, o abacate breda aumentou 15,4% (R$ 7,50/kg), enquanto o mamão havaiano e o maracujá azedo recuaram 12,4% e 9,1%, respectivamente.
“O mamão papaia teve queda porque, com
o intenso calor nas regiões produtoras, a maturação tem se acelerado. O
maracujá azedo vem baixando semana a semana, ainda estão em valores bastante
altos, mas teve essa nova queda”, analisou Palma.
A maçã gala apresentou leve alta de 3,1%, atingindo R$
9,17/kg, mas o cenário nacional é de concorrência acirrada com as importadas.
“Tem pouca maçã nacional no mercado, a maioria está estocada em câmaras frias.
Mas está tendo muita concorrência da maçã estrangeira — a chilena,
principalmente, e agora até maçã portuguesa está entrando na Ceasa de
Campinas”, observou o técnico.
As verduras também ficaram mais caras, com aumento médio de
4,3%. A alface crespa subiu 25% e passou a custar R$ 2,50/kg, enquanto a acelga
avançou 20,5% (R$ 1,88/kg) e a chicória teve alta de 10% (R$ 2,20/kg). A
elevação foi atribuída à redução temporária na oferta desses produtos.
Já o grupo das raízes teve retração de 2,3%, influenciado pela queda de 4,8% no preço do alho nacional, vendido a R$ 20,00/kg. “É uma gangorra — tem semana que sobe, outra que baixa. Tem bastante oferta no mercado de alho nacional e também alho chinês”, explicou Palma.
Apesar disso, a batata-doce
segue em trajetória de alta, com aumento de 7,1% (R$ 3,75/kg), e a batata ágata
reagiu 10% (R$ 2,20/kg) após semanas de recuo. A beterraba, por outro lado,
caiu 10%, custando R$ 2,25/kg.

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