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Serviços realizados pela Sabesp são questionados e alvos de insatisfação em Monte Mor

Pressionada por queixas, Sabesp terá atendimento discutido em Monte Mor

Moradores reclamam de falhas nos serviços prestados pela empresa, como exigência de agendamento exclusivamente online, dificuldades de acesso para usuários em situação de vulnerabilidade e denúncias de descarte irregular de esgoto

A Câmara de Monte Mor sedia, nesta quinta-feira (6), uma audiência pública para discutir o atendimento prestado pela Sabesp no município. O encontro, que terá início às 17h30 no Plenário, será aberto à população e também contará com transmissão ao vivo pelo site, YouTube e Facebook do Poder Legislativo. A iniciativa ocorre após uma série de reclamações registradas nos últimos meses por moradores e constantemente repercutidas por vereadores durante as sessões plenárias.

Entre os principais apontamentos estão a ocorrência de descarte irregular de esgoto em algumas localidades, a obrigatoriedade de agendamento exclusivamente online para atendimentos presenciais e falhas no suporte oferecido aos usuários.

 Em abril, a Câmara aprovou um requerimento de autoria do presidente Beto Carvalho (PP) cobrando esclarecimentos da Sabesp sobre a aplicação da tarifa social de água e esgoto no município, reforçando o acúmulo de questionamentos em torno da atuação da concessionária. A audiência foi organizada pela deputada estadual Ana Perugini (PT).

O Tribuna Liberal já mostrou que o escritório da Sabesp em Monte Mor foi palco de confusão em meio a críticas de moradores ao sistema de atendimento. Segundo relatos, cerca de dez pessoas se reuniram no local e houve até tentativa de agressão durante a espera. 

A situação também chegou ao Ministério Público após o vereador Professor Adriel (PDT) protocolar denúncia contra o modelo adotado pela empresa terceirizada, alegando que a obrigatoriedade de agendamento online prejudica principalmente moradores em situação de vulnerabilidade ou que enfrentam dificuldades no uso de tecnologias. Em resposta, a Sabesp informou não possuir registros de tumulto ou agressão na agência local.

A audiência pública surge como oportunidade para expor problemas, ouvir autoridades, esclarecer procedimentos e buscar melhorias nos serviços essenciais de água e esgoto. A expectativa é de participação ativa da comunidade diante das recorrentes queixas encaminhadas ao Legislativo municipal.

DEPUTADA ANA PERUGINI DIZ QUE DENÚNCIAS CONTRA SABESP SÃO GRAVES EM MONTE MOR

A deputada estadual Ana Perugini, disse ao comentar a audiência pública para discutir o atendimento da Sabesp aos consumidores de Monte Mor, que as denúncias são graves.

“Recebemos denúncias graves, que vão desde a impossibilidade de questionamento sobre valores de contas a cortes indevidos sem possibilidade de contestação e pessoas com contas pagas e, mesmo assim, com nome no SPC e Serasa”, afirmou a deputada Ana Perugini, que é vice-presidente da Comissão de Assuntos Metropolitanos e Municipais da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

Ana diz que recebeu informações de pessoas com contas pagas e com nome no SPC e Serasa 

As reclamações em relação ao atendimento realizado pelo escritório da Sabesp na cidade começaram após a implantação de um novo sistema, gerido por uma empresa contratada pela companhia após o processo de privatização, consolidado no segundo semestre de 2024.

Além de moradores, a audiência pública deve reunir vereadores, representantes da prefeitura, Procon, Sabesp, Ministério Público e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

PROBLEMAS EM HORTOLÂNDIA

As falhas da Sabesp na prestação de serviços têm sido questionadas pela deputada desde o ano passado. Em outubro, Ana Perugini protocolou um requerimento pedindo explicações à empresa sobre o fornecimento de água amarela e com mau cheiro em Hortolândia.

Em junho, a deputada questionou a companhia e a secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, sobre falhas sucessivas no abastecimento e o forte mau cheiro gerado pela estação de tratamento de esgoto da cidade.

Ana Perugini também propôs a ida do diretor-presidente da Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo), Thiago Mesquita Nunes, à Alesp para prestar esclarecimentos sobre as medidas que estão sendo tomadas para solucionar os problemas.   



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