Americana decreta emergência hídrica em meio a escassez; Estado já declarou
Prefeito Chico Sardelli reconhece emergência hídrica por
conta da estiagem prolongada e baixa vazão do Rio Piracicaba, ligado à bacia já
em crise admitida pelo Estado; DAE terá autonomia para ampliar equipes e
contratar caminhões-pipa
O prefeito de Americana, Chico Sardelli (PL), anunciou nesta
segunda-feira (29) que será publicado decreto de emergência hídrica no
município. A medida vai permitir a adoção de ações imediatas para minimizar os
impactos da estiagem prolongada e da baixa qualidade da água do Rio Piracicaba
no abastecimento público. O governo estadual já havia declarado na semana
passada escassez na Bacia do Rio Piracicaba.
Segundo o prefeito, a decisão é necessária diante da
gravidade da situação enfrentada. “Estamos vivendo um momento crítico, que
exige respostas rápidas. O decreto de emergência hídrica vai nos dar condições
de intensificar as ações necessárias para reduzir os impactos à população e
garantir que todos tenham acesso à água de qualidade neste período de escassez
hídrica”, afirmou Chico.
A medida vem ao encontro do decreto da SP Águas, que
declarou estado de escassez hídrica na Bacia do Rio Piracicaba, que registrou
chuvas 90% abaixo da média nos últimos meses. Esse cenário afeta diretamente
Americana, já que a vazão e a qualidade da água do Rio Piracicaba, responsável
pelo abastecimento da cidade, estão muito baixas.
Com menos volume disponível e em piores condições, o
tratamento se torna mais lento e exige lavagens frequentes dos filtros,
reduzindo a oferta de água tratada e provocando oscilações no abastecimento em
diferentes regiões.
Com o decreto, o DAE (Departamento de Água e Esgoto) poderá
ampliar as equipes de reparos de vazamentos, contratar mais caminhões-pipa para
atendimento em pontos específicos das regiões mais afetadas e intensificar as
campanhas de conscientização sobre o uso racional da água.
“Não podemos desperdiçar um recurso tão essencial. É hora de
união, de responsabilidade e de consciência coletiva para que possamos
atravessar esse período difícil com o menor impacto possível”, afirmou o
superintendente do DAE, Marcos Eduardo Morelli.
O DAE reforçou que a estiagem prolongada comprometeu a
qualidade da água do Rio Piracicaba, dificultando o processo de captação, que
precisou ser reduzido em cerca de 20%, e também de tratamento.
Para assegurar que a população receba água dentro dos
padrões exigidos, o volume tratado precisou ser temporariamente reduzido. Essa
condição também obriga a realização de lavagens mais frequentes nos
decantadores e filtros da Estação de Tratamento de Água (ETA), aumentando
aproximadamente em quatro vezes, o que provoca oscilações no abastecimento em
diferentes regiões da cidade.
“Sabemos que não é um momento fácil, mas enquanto não chover
o que precisa temos que tomar todas as medidas necessárias para minimizar o
problema da falta de água na casa das pessoas. E é isso que estamos fazendo”,
disse o vice-prefeito Odir Demarchi (PSD).
O DAE afirma que a situação só deve ser normalizada com a retomada das chuvas, especialmente na região da cabeceira do Rio Piracicaba, e reforça o apelo para que a população colabore adotando hábitos de economia e uso consciente da água.
SISTEMA CANTAREIRA
O nível da Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba, ligada ao
Sistema Cantareira, este com 29,4% de volume útil, resultou na suspensão da
emissão de novas outorgas de água até que o volume dos reservatórios seja
recomposto.
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