Construção civil permanece aquecida na região, mas fala em desaceleração
Região de Campinas registrou 445 novas vagas em julho e
diretor regional do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São
Paulo afirma que os números devem-se à aprovação de novos empreendimentos
imobiliários
O setor da construção civil registrou em julho uma ligeira
aceleração no ritmo de contratações, impulsionado pela alta na aprovação de
empreendimentos imobiliários na região, mas já prevê um cenário de desaquecimento
nos próximos meses diante da piora das perspectivas econômicas, da redução nos
investimentos e do impacto dos juros elevados.
De acordo com levantamento do Sindicato da Indústria da
Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), o Estado de São Paulo
encerrou o mês de julho com 825.223 trabalhadores empregados na construção. Do
total, 352.750 atuam em serviços da construção, 265.473 em edificações e
207.000 em obras de infraestrutura.
No mês, o saldo entre admissões e desligamentos resultou em
5.168 novos postos de trabalho, representando uma variação de 0,63%. Já no
acumulado de janeiro a julho de 2025, o setor registrou a criação de 41.335
empregos, equivalente a uma alta de 5,27%.
As regiões que mais contrataram em julho foram: São Paulo
(2.888), Sorocaba (549) e São José dos Campos (457). As que terminaram o mês
com saldo negativo foram: Bauru (-133), Ribeirão Preto (-83) e Presidente
Prudente (-9). As que registraram as melhores variações percentuais no ano são:
São José dos Campos (9,9%), Campinas (6,8%) e São Paulo (6,2%).
A Regional Campinas do SindusCon-SP registrou 103.032
trabalhadores empregados na construção civil. Desse total, 30.047 atuam em
infraestrutura, 28.517 em edificações e 44.468 em serviços. Entre junho e
julho, o saldo de empregos foi positivo, com 445 novas vagas. No acumulado de
2025, o setor registra 6.537 postos de trabalho. A variação foi de 0,43% no
mês, 6,8% no ano e 4,75% nos últimos 12 meses.
O diretor da Regional Campinas do SindusCon-SP, Marcio
Benvenutti, afirmou que os números positivos da construção na região devem-se à
aprovação de novos empreendimentos imobiliários nos últimos 18 meses.
“Especialmente em relação ao município de Campinas, o número de aprovações
cresceu nesse período, mantendo pelo menos até julho, números positivos de
empregos na construção”, acrescentou.
Para o presidente do SindusCon-SP, Yorki Estefan, houve uma
ligeira aceleração do ritmo de novas contratações em julho. “O setor ainda está
aquecido em algumas cidades, como São Paulo, Sorocaba e São José dos Campos,
principalmente por conta da execução de contratos assinados no ano passado. No
entanto, a expectativa é de uma nova diminuição no nível de emprego nos
próximos meses, em função da piora das perspectivas em relação à economia e aos
investimentos, e devido aos elevados juros, que atraem investidores para o
mercado financeiro”.
O levantamento foi realizado por meio da ferramenta online
do SindusCon-SP, que permite acompanhar o número de empregos gerados pelo setor
em diferentes localidades do Estado. Os dados são apurados pelo FGV Ibre
(Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), com base no Novo
Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho
e Emprego.
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