Economia
Mulheres mostram força empreendedora nas cidades paulistas, diz levantamento

31% das mulheres paulistas geram vagas de emprego, aponta Seade

Paulo Medina | Tribuna Liberal

Nesta sexta-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, levantamento da Fundação Seade traçou um panorama da população feminina do Estado de São Paulo a partir de dados demográficos, de escolaridade, trabalho e renda. O “Perfil da Mulher no Estado de São Paulo” revela que elas atualmente correspondem a 23,1 milhões da população paulista, mais da metade do total no Estado (51,9%) e 21% em relação à população feminina brasileira, ou seja, um quinto de todo contingente de brasileiras é formado por mulheres paulistas. As mulheres do Estado de São Paulo representam 31% dos empregadores (308 mil) e 37% dos trabalhadores por conta própria.

Segundo a Seade, em 2023, as mulheres negras (pretas e pardas) representaram 40% do total de mulheres no Estado de São Paulo. Esse percentual era de 37% em 2021. A idade média das mulheres paulistas foi de 39,1 anos. Entre as paulistas que foram mães, em 2021, 77% eram naturais de São Paulo. A porcentagem restante ficou distribuída entre mulheres naturais da Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, Paraná e outros países, sendo o principal deles a Bolívia.

Em um comparativo entre os anos de 2010 e 2021, a faixa etária dessas mães reduziu entre as mulheres abaixo de 34 anos e aumentou entre as que têm mais de 35 anos, correspondendo a 21% dos nascidos vivos do Estado. “Esse dado indica um adiamento na maternidade em relação à década passada. Além disso, diminuiu a gravidez entre as jovens de 15 a 19 anos, sendo que 33 em cada mil adolescentes tiveram filhos em 2021, que corresponde a cerca de 9% dos nascidos vivos do Estado”, aponta Lúcia Mayumi Yazali, pesquisadora da Fundação Seade.

NÍVEL DE ESCOLARIDADE

Em relação ao nível de escolaridade, 37% das paulistas com 25 anos ou mais concluíram o ensino médio e 26% o ensino superior em 2023. No comparativo com os homens, elas estão à frente nas faixas etárias até os 64 anos, sendo que o intervalo de 25 a 34 anos apresenta a maior diferença: 35% das mulheres completaram o ensino superior ante 26% dos homens.

No ano passado, 25% das mulheres de 18 a 24 anos estavam dentro do grupo conhecido como “nem-nem” (nem estudavam nem trabalhavam). O dado apresentou uma sensível melhora, considerando que no ano de 2021, as jovens que estavam nessa situação correspondiam a 31% do total nessa faixa etária.

No 4º trimestre de 2023, as mulheres do Estado de São Paulo representaram 31% dos empregadores (308 mil) e 37% dos trabalhadores por conta própria. Entre as empregadoras, 258 mil (84%) têm empreendimento formal. Mas 884 mil trabalhadoras (41%) por conta própria também formalizaram sua atividade.

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