Saúde
Josiane Felix, farmacêutica bioquímica do Laboratório Rebouças

Vacina contra dengue já pode ser encontrada em laboratório de Sumaré

Imunizante precisa ser aplicado em duas doses, com intervalo de três meses;  vacina protege contra quatro sorotipos do vírus e cada dose custa R$ 379,90

Da Redação | Tribuna Liberal

Recentemente liberada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a nova vacina contra o vírus da dengue já está disponível na Imuniza Vacinas, em Sumaré. A Qdenga é a única vacina contra a dengue aprovada no Brasil para utilização sem a necessidade de testes ou histórico com a doença e pode ser aplicada em pessoas de 4 a 60 anos.

Fabricada pela empresa japonesa Takeda Pharma, o imunizante está disponível em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações e protege contra os quatro sorotipos do vírus transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti.

“A dengue não é uma doença simples, podendo levar a complicações sérias, internações e até mesmo a óbito. Em alguns meses estaremos no verão, onde o número de casos pode aumentar por conta das chuvas e da proliferação do mosquito”, explicou Josiane Felix, farmacêutica bioquímica do Laboratório Rebouças. “A prevenção é sempre a melhor medida”, reforça.

Em Sumaré, a aplicação da vacina ocorre na Imuniza Vacinas, que fica na avenida da Amizade, 2.820, em Nova Veneza, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h e aos sábados, das 8 às 12h. Na Imuniza Vacinas, cada dose custa R$ 379,90 com preço à vista. O local informou que aceita pagamento em até seis parcelas de R$ 69,63. Não é necessário levar carteira de vacinação.

Segundo dados do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, Sumaré notificou 2.514 casos de dengue nos sete primeiros meses de 2023, com a confirmação de 689. Em todo ano passado, foram 2.655 notificações e 1.002 confirmações da doença.

Em 2022, o Ministério da Saúde registrou mais de 1,4 milhão de casos de dengue e mais de 1.000 mortes no Brasil, número que representa um aumento de 162,5% nos casos em comparação com 2021.

ASSOCIAÇÃO DIZ QUE PREÇO DA VACINA VARIA NO PAÍS

Composta por quatro diferentes sorotipos do vírus causador da doença, a Qdenga, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária em março. De acordo com o órgão regulador, a dose confere ampla proteção contra a dengue. 

Em nota, a ABCVAC (Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas) informou que o preço da vacina, disponível inicialmente apenas em laboratórios particulares, deve variar até R$ 500 para o consumidor final, dependendo do Estado. Em São Paulo, por exemplo, o preço máximo ao consumidor autorizado pela Anvisa para as clínicas é R$ 379.

“As clínicas devem utilizar esse parâmetro na composição da sua precificação final, que também inclui o atendimento, a triagem, a análise da caderneta de vacinação, as orientações pré e pós-vacina, além de todo o suporte que os pacientes necessitam para se informar corretamente sobre a questão da vacinação”, destacou a ABCVAC.

De acordo com a Anvisa, a vacina é indicada para crianças acima de 4 anos de idade, adolescentes e adultos até 60 anos de idade. A Qdenga, portanto, é a primeira dose aprovada no Brasil para um público mais amplo, já que o imunizante aprovado anteriormente, a Dengvaxia, só pode ser utilizado por quem já teve dengue.

“A concessão do registro pela Anvisa permite a comercialização do produto no país, desde que mantidas as condições aprovadas. A vacina, contudo, segue sujeita ao monitoramento de eventos adversos, por meio de ações de farmacovigilância sob a responsabilidade da empresa”, informou.

A eficácia contra a dengue para todos os sorotipos combinados entre indivíduos soronegativos (sem infecção anterior pelo vírus) foi de 66,2%. Já para indivíduos soropositivos (que tiveram infecção anterior pelo vírus), o índice foi de 76,1%.

“A demonstração da eficácia da Qdenga tem suporte principalmente nos resultados de um estudo de larga escala, de fase 3, randomizado e controlado por placebo, conduzido em países endêmicos para dengue com o objetivo de avaliar a eficácia, a segurança e a imunogenicidade da vacina”, informou a Anvisa.     

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