Saúde
Projeto que cria o Programa Mais Saúde foi aprovado e segue agora para sanção de Edivaldo Brischi

Câmara aprova R$ 3 mi para tratamentos oftalmológicos e vasculares em Monte Mor

Aporte financeiro oriundo de emenda parlamentar será repassado à Associação Beneficente Hospital Sagrado Coração de Jesus para realização dos procedimentos, por meio do “Programa Mais Saúde”

A Câmara de Monte Mor aprovou, por unanimidade, projeto de lei do Poder Executivo, que cria o “Programa Mais Saúde”. A propositura visa garantir tratamentos oftalmológicos e vasculares para os cidadãos montemorenses, a partir de “incremento financeiro” de R$ 3 milhões a ser repassado à Associação Beneficente Hospital Sagrado Coração de Jesus, pela realização dos serviços.

Segundo a prefeitura, os “valores despendidos para a realização do programa” devem seguir planos de trabalho anexos ao PL, e a aplicação da verba será fiscalizada pela Secretaria de Saúde, “detentora do recurso aplicado”. Conforme informou o Executivo, o repasse ao Hospital será realizado após prestações de contas mensais, e “somente no tocante ao número de procedimentos realizados”.

A apreciação, na sessão ordinária desta segunda-feira (10), foi garantida pelo Requerimento de Urgência Especial de autoria de oito vereadores, também aprovado por unanimidade. O PL teve relatoria do vereador Beto Carvalho (União), que destacou a importância da iniciativa. Já o presidente da Câmara, Alexandre Pinheiro (PTB), agradeceu ao deputado estadual Adalberto Freitas (PSDB), pela liberação da emenda parlamentar.

Na justificativa do PL, o prefeito Edivaldo Brischi (PTB) informa que o programa deverá diminuir as filas de espera para esses procedimentos, além de atender pessoas ainda não diagnosticadas. Ele ainda destaca que a medida visa “proporcionar maior qualidade de vida à população montemorense, agindo não somente na qualidade reparadora, mas, também, na preventiva”.

RELATOR

Após a leitura do seu relatório, no qual destaca que a propositura não contém nenhuma afronta legal, devendo ser apreciada pelo Plenário, Beto Carvalho comentou a importância do projeto. Ele destacou que a verba de R$ 3 milhões não é oriunda dos cofres públicos do município, mas, sim, de emenda destinada por deputado. Segundo o vereador, a medida visa solucionar “demanda reprimida” da saúde, especificamente das áreas oftalmológica e vascular.

O parlamentar ainda comentou que a realização do Programa, pelo hospital Sagrado Coração de Jesus, vai garantir a fiscalização por parte dos vereadores. E que, caso fosse realizada uma licitação, para realização desses serviços, poderia haver demora na contratação e, inclusive, se exigir o deslocamento de pacientes para outros municípios. Ele lembrou que os procedimentos médicos serão pagos em conformidade com a tabela do SUS (Sistema Único de Saúde).

Além de agradecer ao deputado que destinou a verba, Alexandre Pinheiro, presidente da Câmara, ainda ressaltou que o Programa vem ao encontro das necessidades da cidade. “Monte Mor vai ver o que ela nunca viu na história dela, nos 151 anos que ela tem [...] Além de serviços de catarata, que a nossa população muito precisa [...], terá também ultrassom do olho, tonometria, biometria, mapeamento de retina e outros”, destacou, citando que os procedimentos são, inclusive, caros.

“São exames que vão fazer a nossa população ter mais qualidade de vida”, anunciou, mencionando procedimentos de pterígio, diagnósticos de ceratocone e glaucoma, etc. “Vai ser um marco histórico esse mutirão de serviços oftalmológicos”, disse, destacando ainda procedimentos vasculares em membros inferiores, como cirurgias de varizes, que serão realizadas. “É uma causa que é nossa, é de todos”, frisou, citando a cobrança de acompanhamento dos pacientes, após as cirurgias.

COMENTÁRIOS

Além de Beto e Alexandre, outros vereadores comentaram. Wal da Farmácia (União) disse que a explicação do relator a convenceu sobre a importância da votação urgente. “Eu espero que funcione dessa forma, porque essa vereadora aqui vai fiscalizar”, disse a parlamentar, presidente da Comissão de Justiça e Redação da Câmara (CJR), ressaltando a importância da tramitação regular das proposituras. Paranhos (MDB) afirmou que esteve no hospital, conversando com a presidente da entidade, que mencionou os benefícios de se fazer procedimentos no local, inclusive devido aos “pós-exame”. Ele fez convite para que se “verifique in loco a aplicação desse recurso”.

“Hoje, a gente gostaria que a secretaria [municipal de Saúde] tivesse uma estrutura para gerenciar, por si própria, esses R$ 3 milhões”, completou Professor Fio (PTB), manifestando expectativa de que, no futuro, a pasta tenha condições de gerenciar diretamente as suas verbas. Andrea Garcia (PTB) mencionou a existência de “demandas grandes” nessas áreas que serão atendidas; parabenizou Alexandre pela obtenção da verba; e disse que o hospital da cidade comporta tal atendimento. Já Vitor Gabriel (PSDB) citou a falta de médicos em postos de saúde, o que traz prejuízos à população. Ele também pediu que o Executivo tenha “sensibilidade” para a causa.

Criação de cargo e PLs que liberam mais verbas são aprovados

Na sessão ordinária desta segunda-feira (10), os vereadores aprovaram o Projeto de Lei (PL) 114/2022, de autoria da Mesa Diretora da Câmara. O texto promove alteração na lei que trata da estrutura administrativa do Poder Legislativo, criando um cargo efetivo de assistente financeiro.

O PL foi aprovado por 11 votos favoráveis, um contrário e uma abstenção. Antes da votação, o presidente da Câmara, Alexandre Pinheiro (PTB), afirmou que a medida é necessária, tendo em vista que uma servidora da Coordenadoria Financeira está “às vésperas da aposentadoria”.

“Então, para que nós não fiquemos sem profissionais na área financeira da Câmara, nós propomos essa estrutura administrativa, para que nós possamos, em breve, abrir um concurso para suprir essa necessidade que nós teremos”, disse, sobre o projeto, que ainda depende da sanção do prefeito.

Na mesma sessão, também foram aprovados por unanimidade, em bloco, os PLs 115/2022 e 122/2022, de autoria da prefeitura. As proposituras já haviam passado por audiência pública da Comissão de Finanças e Orçamento (CFO), e liberam o uso de R$ 63,1 mil, pelo Poder Executivo.

RECURSOS FEDERAIS

O Projeto 115 destina verba federal de R$ 60 mil para o Fundo Municipal de Assistência Social. No pedido de tramitação urgente, a prefeitura cita “a necessidade de utilização dos recursos necessários a garantir e declinar o uso a situações de calamidades públicas e emergências na área”. Já o 122 libera crédito federal de R$ 3.143,07 para custeio do “Programa Saúde com Agente”, de formação de agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias. 

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