Política
Moradores foram resgatados de bote durante período crítico de alagamentos em Sumaré

Luiz Dalben decreta 180 dias de situação de emergência em Sumaré

Em novo decreto, prefeito declarou validade de emergência por seis meses após inundações atingirem 600 casas com perda de mobiliários

Paulo Medina |Tribuna Liberal

Em um novo decreto, o prefeito Luiz Dalben (Cidadania) declarou que a situação de emergência em Sumaré tenha validade por 180 dias. A nova publicação, baseada na Classificação e Codificação Brasileira de Desastres, destaca que a cidade teve 600 imóveis comprometidos pelas chuvas intensas com perda de mobiliário. No início dos trabalhos de resgate, a Prefeitura estimava cerca de 500 imóveis afetados pelas águas.

O desastre foi desencadeado pelas chuvas torrenciais que atingiram a região causando uma série de inundações e alagamentos. A precipitação, que em 72 horas acumulou um total de 174 mm na cidade, resultou em danos e perdas materiais para a população atingida. Sumaré foi o município com maior acúmulo de chuva em todo Estado na semana passada.

Com bairros afetados pelas inundações, móveis e pertences pessoais foram perdidos. O decreto autoriza a mobilização de todos os órgãos municipais para atuarem sob a coordenação do Órgão Municipal de Proteção e Defesa Civil, visando ações de resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução.

Além disso, voluntários são convocados para reforçar as operações de resposta ao desastre, juntamente com campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade para auxiliar as vítimas. O documento também autoriza o início de processos de desapropriação, por utilidade pública, de propriedades particulares localizadas em áreas de risco intensificado de desastre. Propriedades nessas áreas serão consideradas para troca por outras em locais seguros, com apoio da comunidade no processo de desmontagem e reconstrução das edificações.

O decreto dispensa licitações para contratos de aquisição de bens, prestação de serviços e obras relacionadas com a reabilitação dos cenários dos desastres. Esses contratos podem ser concluídos no prazo máximo de 180 dias consecutivos e ininterruptos a partir da caracterização do desastre, com proibição de prorrogação dos contratos.

Dias de caos

Entre os dias 6 e 9 de outubro, ruas se transformaram em rios, casas ficaram alagadas e moradores ilhados. Botes foram usados para salvar moradores. Na última semana, foram realizadas ações de limpeza de vias públicas e residências. Moradores retornaram para os imóveis. Os bairros mais atingidos foram a Vila Diva, São Domingos, Jardim Primavera, Três Pontes, Jardim Nova Terra e Picerno. 

A forte chuva do feriado, na quinta-feira (12), atingiu diversas áreas da região, causando novos estragos em bairros de Sumaré. Na região da Vila Soma, o telhado de um imóvel foi arrancado pela força dos ventos. Ao menos 23 árvores foram derrubadas pelo vendaval. Na região de Nova Veneza, moradores ficaram mais de um dia sem energia elétrica.

Secretário debate soluções para Sumaré

O secretário de Governo e Comunicação de Sumaré, Odair Dias, se reuniu nesta segunda-feira (16) com o Corpo de Bombeiros, funcionários da Defesa Civil e da Segurança Pública para debater soluções para a cidade, em situação de emergência por conta das chuvas.

“Estamos aqui na sede do Bombeiro Militar de Sumaré para uma reunião muito importante, aqui estão reunidos o secretário e representantes da Defesa Civil, o secretário e representantes da Segurança Pública, e o capitão e tenente do Corpo de Bombeiros de Sumaré. Estamos trabalhando soluções para esse momento que estamos vivendo, estamos unindo forças para fazer o melhor pela população. Passamos por alguns dias um pouco difíceis (...) mas conseguimos atender a todas as ocorrências e agora estamos criando planos para que o atendimento fique ainda melhor ”, disse o secretário em suas redes sociais.  

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