Política

Instituto resgata memória e continua projetos de Perugini em Hortolândia

Entidade nasce com o objetivo de reunir pessoas para realizar ações educativas e sociais e manter vivo o legado do ex-prefeito que transformou a cidade

Há quase um ano, Agnaldo Perugini, irmão do ex-prefeito de Hortolândia, Angelo Perugini, morto pela Covid-19 em abril de 2021, foi procurado por um grupo de pessoas empenhadas em preservar a memória do seu irmão. Nascia, ali, as primeiras conversas sobre o Instituto Angelo Augusto Perugini. Quem relembra é o próprio Agnaldo, 63 anos, hoje presidente do Instituto, criado com a proposta de “reunir pessoas para fazer o
bem” por meio da realização de projetos educacionais e sociais.

“A preservação da memória só acontece quando os gestos, as ideias, os sonhos da pessoa continuam. Vai além de construir um monumento, 
colocar o nome em uma obra. Então, o grande desafio do Instituto para celebrar a memória do Angelo, de fato, é fazer coisas que ele fazia. E ele era ponte, juntava as pessoas para fazer o bem”, afirma Agnaldo. De lá para cá, foram vários encontros para dialogar e dar forma ao Instituto, com estatuto e objetivos semelhantes à identidade do seu patrono, que governou a cidade por três mandatos (2005 a 2008; 2009-2012; 
2017-2020) e teve o quarto interrompido pelo Coronavírus.

Essa tarefa já está executada e os pilares de atuação do Instituto definidos: além de ações de preservação e organização da memória histórica de Perugini, a entidade pretende atuar forte nas áreas de cultura, educação, saúde, esporte, meio ambiente, promoção e inclusão social, moradia, transporte, lazer e direitos humanos, áreas às quais Perugini se dedicou em vida.

Agora, o grupo de voluntários iniciou o trabalho de apresentação do Instituto para lideranças de bairros e autoridades municipais. O trabalho, conta Agnaldo, atingirá todos os segmentos sociais da cidade, além dos setores públicos e privado.

“Todas as áreas que são missão, foco do Instituto foram definidas com base nas afinidades e ideais do Angelo, na sua trajetória de vida familiar, cultural, política e administrativa. Queremos que as pessoas conheçam quem era o Angelo, para além e muito antes dele ser prefeito”, afirma o presidente do Instituto.

Cerca de 80 pessoas são voluntárias do Instituto, que já funciona num prédio provisório, no Parque Ortolândia, ainda sem recursos financeiros 
para se manter. O grupo conta com lideranças comunitárias, amigos e militantes políticos que conviveram com Perugini.

Na quarta-feira (6/4), um evento realizado pelo Instituto reuniu a comunidade e representantes do poder público para celebrar o dia em que era 
comemorado o aniversário de Perugini, que completaria 67 anos de idade.

Durante o encontro, as pessoas puderam conhecer o objetivo do Instituto, como participar, além de visitar as salas cedidas para o funcionamento da entidade, decoradas com fotos que contam partes da trajetória de Perugini.

SONHOS

De acordo com Agnaldo, os projetos do Instituto serão divididos por núcleos coletivos para serem formatados. Assim, o Instituto terá propostas para, no terceiro ano de funcionamento, ter projetos qualificados para captar recursos financeiros para execução, nos setores governamentais e privados.

“O Instituto também vai resgatar sonhos que precisam continuar a partir da memória de Angelo Perugini. Temos um profundo desejo de receber a participação, a influência dos mais diversos segmentos sociais de Hortolândia. Queremos ser o que o patrono do Instituto foi: ponte, diálogo, com um olhar sempre voltado aos mais pobres”, diz Agnaldo


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