Política
Bolsonaro liderou votação nas 5 cidades da região; eleito, Lula obteve mais votos em Hortolândia

Candidato derrotado Jair Bolsonaro amplia vantagem sobre Lula na região

Presidente da República obteve o maior resultado em Nova Odessa, com 62,48% (22.857) dos votos; menor percentual na região foi em Hortolândia

Cristiane Caldeira|Tribuna Liberal

Derrotado nas urnas, o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), ampliou a vantagem sobre o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições nas cinco cidades da região. O município em que ele teve a maior vantagem em relação ao petista foi em Nova Odessa, onde obteve 62,48% (22.857) dos votos, contra os 37,52% (13.728) de Lula. No primeiro turno, o resultado tinha sido 56,29% (20.467) para Bolsonaro e 34,61% (12.583) para Lula.

Nas demais cidades da região, Bolsonaro teve, no segundo turno 59,20% (38.254) dos votos em Paulínia, segunda maior vantagem na região, contra 40,80% (26.362) de Lula. No primeiro turno, havia obtido 56,29% (20.467) ante 37,09% (23.899) do petista. Em Sumaré, Bolsonaro ficou com 57,31% (85.776) dos votos válidos e Lula 42,69% (63.899). No primeiro turno, o placar havia ficado em 51,02% (75.666) para Bolsonaro e 40,76% (60.453) para Lula.

Em Monte Mor, o presidente derrotado obteve 54,88% (18.971) dos votos válidos no segundo turno contra 45,12% (15.598) de Lula. No primeiro turno, a vantagem havia sido de 48,47% (16.563) contra 43,08% (14.720). Hortolândia foi o município onde Bolsonaro teve a menor vantagem sobre Lula no segundo turno, sendo 54,65% (69.513) contra 45,35% (57.692). No primeiro turno, a vantagem também tinha sido a menor dentre os municípios da região: 48,32% (60.988) contra 43,23% (54.556).

GOVERNADOR

O governador eleito, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também venceu o petista Fernando Haddad em todas as cidades da região. Em Hortolândia, o resultado foi de 54% (64.824) contra 44,33% (50.845) no segundo turno e 44,33% (50.845) contra 40,54% (46.501) no primeiro turno. Em Monte Mor, o placar foi de 54,79% (17.599) para Tarcísio e 45,21% (14.523) para Haddad no primeiro turno, e 44,27 (13.427) contra 38,54% (11.690) no primeiro.

Em Nova Odessa, o governador eleito obteve 62,48% (22.857) contra 37,22% (12.899) do petista no segundo turno e 51,21% (17.068) contra 29,38% (9.794) no primeiro. Em Paulínia, a vantagem de Tarcísio foi de 59,43% (36.458) contra 40,57% (24.884) no segundo turno e 49,97% (29.244) contra 32,56% (19.057) no primeiro. Em Sumaré, Tarcísio ficou com 57,53% (80.961) dos votos válidos contra 42,47% (59.767) de Haddad no segundo turno e 47,97% (63.745) contra 36,92% (49.056) no primeiro.

Abstenção diminui no 2º turno nas cinco cidades

O índice de abstenção no segundo turno caiu nas cinco cidades da região em comparação com o primeiro turno. Com 165.269 eleitores aptos a votarem, Hortolândia teve 18,98% (31.429) de abstenção no segundo turno e 19,74% (32.696) no primeiro. Brancos e nulos foram 5,19% (6.958) no segundo turno e 5,04% (6.699) no primeiro.

Em Monte Mor, com 47.499 eleitores, a abstenção foi de 22,63% (10.737) no segundo turno e 23,45% (11.124) no primeiro. Brancos e nulos totalizaram 5,83% (2.140) no segundo e 5,91% (2.146) no primeiro. Em Nova Odessa, com 47.897 aptos, o índice ficou em 19,17% (9.170) no segundo turno e 20,01% (9.573) no primeiro. Brancos e nulos foram 5,01% (1.918) no segundo e 5,41% (2.091) no primeiro.

Em Paulínia, que tem 84.252 eleitores, a abstenção foi de 19,29% (16.228) no segundo turno e 19,99% (16.813) no primeiro. Brancos e nulos foram 4,82% (3.269) no segundo e 4,26% (2.869) no primeiro. Em Sumaré, maior colégio eleitoral da região, com 198.403, o índice de abstenção foi de 20,63% (40.989) no segundo turno e 21,39% (42.505) no primeiro. Brancos e nulos foram 5,11% (8.056) no segundo turno e 5,08% (7.935) no primeiro.

Votação tranquila e sem filas, afirma presidente do TRE-SP

O segundo turno das eleições gerais deste ano transcorreu dentro da normalidade no Estado de São Paulo, neste domingo (30). É o que afirmou o presidente do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), desembargador Paulo Galizia, em entrevista coletiva realizada no final da tarde na Sala de Imprensa na sede do Tribunal.

“O fluxo de votação foi muito mais rápido do que no primeiro turno, seja porque o eleitor já estava acostumado a fazer o uso da biometria, seja porque o número de cargos nesta eleição foi menor”, afirmou o desembargador. Segundo ele, até o final da tarde, havia problemas de atraso maior em apenas 11 seções eleitorais.

O presidente do TRE-SP afirmou que não houve registro de ocorrências graves relacionadas à eleição, como porte ilegal de arma ou recusa de entregar o celular antes de os eleitores e eleitoras entrarem na cabina da votação, o que é proibido pela legislação eleitoral.

Também não houve denúncia em São Paulo de dificuldade para chegar aos locais de votação por operações policiais, como noticiado em outros estados. “Não houve nenhuma denúncia desse tipo. Desconheço qualquer operação da Polícia Rodoviária Federal aqui no estado de São Paulo, posso assegurar que não aconteceu isso”, afirmou o desembargador.

Até às 16h30, foram substituídas apenas 0,59% das urnas eletrônicas – 678 dentro de um total de 115.510 equipamentos, sendo 229 na Capital e 449 no interior. Houve falta de energia em cerca de 30 cidades no interior, por causa de fortes chuvas no estado, mas isso não trouxe nenhum prejuízo para a votação nesses locais, já que os reparos foram realizados pelas concessionárias e as urnas têm baterias suficientes para operar durante todo o horário da eleição.

O presidente do TRE-SP informou ainda que o Teste de Integridade – uma espécie de votação paralela com cédulas em papel – foi concluído com sucesso, comprovando que as urnas eletrônicas são seguras. Esse processo de auditoria foi realizado no Centro Cultural São Paulo e na Unip Paraíso.

“Considero que a nossa função foi cumprida com muita eficácia como sempre, dada a dedicação dos nossos valorosos funcionários. Eu, como presidente do TRE-SP, estou muito satisfeito com o que aconteceu até agora.”

Diplomação dos eleitos deve ocorrer até 19 de dezembro

A diplomação dos eleitos no primeiro e no segundo turnos nas Eleições Gerais de 2022 deve ocorrer até o dia 19 de dezembro. Cabe ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entregar os diplomas do presidente e do vice-presidente da República eleitos no domingo (30). A data da cerimônia de diplomação no TSE ainda será definida.

Já aqueles que se elegeram para os cargos de governador, senador, deputado federal e estadual ou distrital serão diplomados pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) dos 26 Estados e do Distrito Federal. As cerimônias de entrega dos diplomas a esses eleitos serão marcadas pelos próprios TREs, respeitando a data-limite de 19 de dezembro.

A diplomação é uma cerimônia organizada pela Justiça Eleitoral e serve para formalizar que o diplomado foi escolhido pela maioria dos eleitores. Ela marca o encerramento do processo eleitoral. Nessa ocasião, são entregues os diplomas, assinados pelo presidente do TSE e dos respectivos TREs ou junta eleitoral.

O diploma expedido pela Justiça Eleitoral atesta a vitória nas urnas, tornando os eleitos aptos a tomar posse. Sem esse documento, eles não podem assumir o cargo. Não será diplomado o candidato que estiver com o registro indeferido, ainda que o recurso esteja pendente de julgamento.

Vale lembrar que, enquanto o Tribunal Superior Eleitoral não decidir sobre eventual recurso contra a expedição do diploma, o diplomado poderá exercer o mandato em toda a plenitude. Esse recurso está previsto no artigo 262 do Código Eleitoral e deve ser interposto no prazo de três dias contados da diplomação.

 

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