Polícia
Rota apreendeu drogas, dinheiro e celulares em imóvel que servia como centro de distribuição

Rota prende em Sumaré bandido que participou de furto ao Banco Central

Marcos Rogério Machado de Moraes, de 49 anos, conhecido como Bocão, foi localizado por serviço de inteligência em uma residência no Parque Salerno

Cézar Oliveira | Tribuna Liberal

Policiais da Rota prenderam nesta terça-feira (19), no Parque Salerno, região de Nova Veneza, em Sumaré, Marcos Rogério Machado de Moraes, de 49 anos, conhecido como Bocão, condenado por ser um dos líderes do furto milionário ao Banco Central de Fortaleza, em 2005. 

Condenado a 29 anos de prisão, ele foi encontrado em uma casa da cidade, que funcionava como um centro de distribuição de drogas. Na época do crime, a quadrilha formada por dezenas de criminosos, levou cerca de R$ 165 milhões do banco, o que é considerado até hoje o maior furto da história do país.

A prisão de Bocão foi feita após um trabalho de inteligência da Polícia Militar, que descobriu o paradeiro do criminoso. Os policiais foram até um imóvel no Jardim Salerno, onde encontraram o integrante da quadrilha, condenado a 29 anos de prisão e que estava foragido há anos.

Na casa, foram encontrados 1 kg de cocaína, 1,5 kg de maconha, balanças de precisão, dinheiro e diversos aparelhos de telefone celular. Segundo a polícia, a casa funcionava como um centro de distribuição de drogas em Sumaré.

Dois homens e uma mulher que estavam no imóvel também foram presos em flagrante por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Segundo a polícia, os presos foram levados para o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), da Polícia Civil de São Paulo, e vão ficar à disposição da Justiça. Bocão é tido como o homem que arquitetou o túnel “construído” por onde o crime aconteceu.

Crime histórico

Na manhã do dia 8 de agosto de 2005, funcionários da sede do Banco Central na capital do Ceará abriram a sala da caixa-forte e encontraram um buraco de 1,1 metro de largura no chão. Estarrecidos, os empregados do banco acionaram a Polícia Federal. Não levou muito tempo até os investigadores descobrirem que o buraco no chão era o final de um túnel de 80 metros de extensão. E que a empresa que funcionava ali não passava de uma fachada para a atividade real da quadrilha.

Os bandidos fugiram com o dinheiro do furto para diferentes estados. Antes de deixar a casa, os assaltantes espalharam cal pelo imóvel, com objetivo de impedir a coleta de impressões digitais. Ao longo dos meses e anos seguintes, alguns dos principais envolvidos foram presos. Entre eles, Antonio Jussivan dos Santos, o Alemão. 

Acusado de ser o mentor do crime, ele foi condenado, em 2009, a 49 anos de prisão em regime fechado. Luis Fernando Ribeiro, também apontado como líder, foi sequestrado e morto em outubro de 2005, mesmo após sua família pagar R$ 2 milhões de resgate. Ex-vigia do Banco Central, Deusimar Neves Queiroz foi preso ainda em 2005. Em 2007, ele foi condenado a 47 anos de prisão. Total de R$ 40 milhões foi recuperado do crime depois da condenação de mais de uma centena de pessoas.

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