Professor de Sumaré é sepultado e polícia detém casal suspeito do crime

Policiais da DIG fizeram operação no Parque Salerno e detiveram dupla; familiares e amigos enterram Cauê Pozenatto Lima, de 35 anos

Cézar Oliveira | Tribuna Liberal

O professor de Sumaré, Cauê Pozenatto Lima, de 35 anos, encontrado carbonizado, na região da Praia Azul, em Americana, foi velado e sepultado nesta sexta-feira (4), no Cemitério da Saudade, em Sumaré. Amigos e familiares lamentaram a morte, cobraram justiça ao caso e falaram em “maldade”. Também na tarde desta sexta, policiais prenderam um casal suspeito de participação no crime. Além de latrocínio, crime passional é outra linha de investigação, de acordo com a polícia. Policiais civis informaram na noite desta sexta que estão em operação há quase 40 horas ininterruptas para elucidar o caso.

“Meu querido amigo Cauê Pozenatto Lima, foi com profunda tristeza que recebi essa notícia horrível. Até onde vai a maldade do ser humano? Você não merecia essa crueldade. Descansa em paz meu amigo, o céu recebeu mais uma estrelinha e aqui só nos resta a saudade. Foi uma honra ser sua amiga e vice-diretora”, desabafou Leili Aparecida Custódio.

“Hoje o dia amanheceu muito triste, pois na primeira hora do dia, já recebi uma notícia que nunca esperamos receber, o falecimento de um amigo tão querido! Meu Deus, justo essa pessoa que não pude presenciá-lo, triste! Falava de festa, ele estava lá, contagiando a todos com sua alegria e sorrisão! Agora só a saudade e pedir a Deus que o receba no céu, pois vai fazer muitas festas com os anjos! Que Deus conforte sua mãe, minha amiga professora, neste momento tão doloroso! Inesquecível”, disse Leili Aparecida Custódio.

DETENÇÃO 

Policiais da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) detiveram um casal acusado de envolvimento no crime contra o professor. A detenção ocorreu no Parque Salerno, em Sumaré. Eles são suspeitos de terem fugido com o veículo da vítima. Eles prestaram depoimento e serão submetidos a reconhecimento de testemunhas.

Os  dois suspeitos, o  tatuador Wesley Carrera (35) e a dona de casa Paloma Fernanda Aguiar (30) ficaram presos. Segundo a Polícia Civil, no depoimento, Wesley  confessou ter matado o professor Cauê Pozenatto Lima. O motivo do crime ainda é investigado. Wesley e Paloma foram conduzidos às cadeias de Sumaré e Monte Mor, respectivamente.

LOCALIZAÇÃO DO CARRO 

A Polícia Civil localizou o carro de Cauê Pozenatto Lima, na manhã desta sexta-feira, estacionado na avenida Elza Zagui Menuzzo, no bairro Jardim Maria Luíza, em Sumaré. Os agentes da Polícia Científica realizaram os trabalhos de perícia técnica no veículo, colhendo materiais como impressão digital. No interior do automóvel, foram encontradas manchas de sangue, além de objetos pessoais do professor de artes.

Diligências são feitas em busca de imagens de câmeras de monitoramento em comércios e residências ao entorno de onde o carro do professor foi localizado, na tentativa de identificar quem abandonou o veículo no local. De acordo com a Polícia Civil, crime passional é uma das hipóteses em investigação, além de latrocínio.

VELÓRIO

O velório do professor foi marcado sob dor e comoção de familiares, amigos e colegas de trabalho nesta sexta-feira (4), e o enterro aconteceu por volta das 12h, no Cemitério da Saudade. O corpo do professor Cauê Pozenatto Lima, de 35 anos, foi encontrado em chamas na manhã desta quarta-feira (2), na região da Praia Azul, em Americana. Trabalhadores de uma companhia de energia avistaram o corpo em chamas dentro de uma vala.

Um funcionário que prestava serviço no local, viu um casal dentro de um Chevrolet Onix branco estacionado ao lado da vala antes da localização do corpo. Eles fugiram com o carro ao serem vistos. Ainda segundo a polícia, as pernas do cadáver estavam amarradas.

Cauê era professor da Escola Municipal Escola Municipal Ramona Canhete Filho, no Jardim São Gerônimo, em Sumaré. Ele foi descrito por colegas de profissão como uma pessoa “alegre”. A Prefeitura de Sumaré e autoridades municipais lamentaram a crueldade na morte de Cauê. 

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