Polícia
Policiais federais cumpriram mandado em Paulínia nesta quarta-feira

Polícia Federal cumpre mandado em Paulínia contra lavagem de dinheiro

Cerca de R$ 300 milhões mantidos em contas bancárias vinculadas aos suspeitos foram bloqueados, além do sequestro de 52 imóveis; apurações indicam que empresa formada por brasileiros teria lesado 60 mil vítimas

Cézar Oliveira | Tribuna Liberal

A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta quarta-feira (13) a Operação Yang. A investigação foi iniciada em agosto de 2022 e apura crimes de lavagem de dinheiro que podem chegar a R$ 300 milhões, obtidos a partir de crimes financeiros praticados na Coreia do Sul, nos Estados Unidos, Brasil e outros países. Mandado de busca e apreensão foi cumprido em Paulínia.

Foram mobilizados 120 policiais federais para cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão, em endereços localizados no Distrito Federal, Goiás, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Espírito Santo. Também foram executadas diversas medidas cautelares e ações de constrição patrimonial na cidade de Paulínia.

As apurações tiveram início a partir de informações compartilhadas por agências norte-americanas, que apontavam que uma empresa constituída por brasileiros poderia ter causado lesão financeira a cerca de 60 mil vítimas, com promessa de lucros incompatíveis com investimentos disponíveis em mercado, o que rendeu ao grupo criminoso cerca de US$ 62 milhões de dólares a partir da série de fraudes cometidas nos diversos países.

Após a captação de investimentos das vítimas, os valores eram desviados em favor dos investigados por meio de aplicação em carteiras de criptomoedas e de depósitos realizados em contas vinculadas e controladas pelos criminosos.

Após a liquidação dos criptoativos em favor dos líderes da organização, os valores passaram a ser empregados na aquisição de bens de alto padrão, veículos de luxo e, principalmente, na compra de imóveis, em especial em Brasília, Goiânia e Caldas Novas, interior de Goiás.

Foi determinado o bloqueio de até R$ 300 milhões mantidos em contas bancárias vinculadas aos envolvidos e o sequestro de 52 imóveis. As ações visam a descapitalização do grupo criminoso e desvendar outros crimes cometidos.

As apurações contaram com a colaboração da Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI), da Embaixada dos Estados Unidos, em Brasília, em cooperação policial mantida entre as autoridades brasileiras e norte-americanas.

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