Motorista de aplicativo é morto com requintes de crueldade em Monte Mor

Vítima foi agredida com golpes de madeira e teve parte do corpo queimado pelos criminosos; três suspeitos foram presos pela GCM

O motorista de aplicativo Jônatas Brandão Marcelino, 27 anos, foi espancado até a morte com um pedaço de madeira e teve parte do corpo queimado pelos agressores, na noite da terça-feira (26), no Jardim Progresso, em Monte Mor. Eles fugiram em um veículo Renault Sandero, mas três suspeitos da participação do latrocínio (roubo seguido de morte) foram presos pela GCM (Guarda Civil Municipal).

O pedaço de madeira e parte das roupas da vítima também foram apreendidos. O carro do motorista também foi localizado. Os suspeitos foram conduzidos ao Plantão Policial e permaneceram presos até serem encaminhados às respectivas audiências de custódia. Este foi o primeiro caso de latrocínio registrado no município, em 2022.

Segundo a Guarda Civil Municipal, a apuração começou a partir de uma denúncia anônima, que informava que alguns   suspeitos  teriam deixado um Ford Fiesta no Jardim Progresso e entrado em um veículo Renault Sandero.

A denúncia também  informava que algumas roupas estavam sendo queimadas ao lado do veículo Ford/ Fiesta. Os patrulheiros estiveram no local informado e localizaram o carro estacionado e fechado. No local, os guardas também encontraram algumas roupas queimadas, assim como informado na denúncia.

O que chamou a atenção dos guardas é que as roupas tinham manchas de sangue. Eles intensificaram o patrulhamento naquela região e localizaram o Renault Sandero na rua principal do bairro, que era ocupado por dois rapazes de 23 e 18 anos. Enquanto os guardas ainda realizavam a abordagem, os patrulheiros receberam outra denúncia informando que pouco antes da chegada da GCM, um  outro suspeito teria descido do veículo Sandero.

Os guardas refizeram as buscas no bairro e localizaram o veículo Ford/Fiesta, que foi usado pelos suspeitos. Outro comparsa foi localizado nas imediações e estava escondido dentro de uma manilha de esgoto, às margens do Rio Capivari. Questionado sobre o motivo de estar escondido, ele informou que estava fugindo dos demais suspeitos, o que não convenceu a equipe. Ele teria confessado que tinha presenciado os demais envolvidos executarem o proprietário do veículo Renault Sandero com pauladas e atearem fogo no corpo da vítima. Depois contou onde teriam abandonado o corpo de Marcelino. 

Devido a baixa iluminação no local, os guardas demoraram cerca de duas horas para localizar o corpo. Os patrulheiros  constataram que a vítima tinha sinais de agressão e foi arrastada até o local onde o cadáver foi encontrado. Segundo os patrulheiros, a vítima teria sido agredida às margens da estrada.

O terceiro detido declarou ainda que os outros dois suspeitos foram até um posto de gasolina na cidade, retornaram e jogaram o combustível no corpo da vítima antes de atearem fogo. Nas imediações, os guardas também localizaram um pedaço de madeira com vestígios de sangue. Os GCMs estiveram na casa de um dos suspeitos e encontraram o celular e um cartão bancário do motorista.

Os guardas também encontraram marcas de sangue na frente da casa e notaram que local tinha sido lavado recentemente. Ainda conforme a GCM, os planos dos acusados seriam levar o carro da vítima até o bairro Satélite Íris, em Campinas, onde seria vendido por R$ 1.800.

Os suspeitos foram conduzidos ao Plantão Policial, prestaram depoimento e foram encaminhados à Cadeia de Monte Mor. Eles responderão a acusação de latrocínio.

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