Economia
Queda nas vendas de imóveis é encarada como momentânea pelo setor imobiliário

Região tem queda nas vendas de imóveis, mas locações crescem

CRECISP aponta que em janeiro 33,3% dos imóveis vendidos foram casas e 66,7% apartamentos, com valor médio de aquisição de R$ 300 mil

Paulo Medina | Tribuna Liberal

O Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP) divulgou um estudo abrangente referente ao mês de janeiro de 2024, analisando o mercado imobiliário de Campinas e região. A pesquisa, que envolveu 40 imobiliárias em cidades como Americana, Campinas, Hortolândia, Indaiatuba, Jaguariúna, Mogi Guaçu, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Santa Bárbara D’oeste, Sumaré e Valinhos, revela uma queda significativa nas vendas, enquanto as locações continuam em ascensão.

No comparativo com dezembro de 2023, as vendas de imóveis residenciais usados na região tiveram uma diminuição de 51,75%. Em contrapartida, o volume de novos contratos de locação assinados no mesmo período registrou um expressivo aumento de 45,93%.

O presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, destacou que a região de Campinas está inserida em um novo plano estadual de desenvolvimento, prevendo investimentos nas áreas de logística, tecnologia e inovação. Ele enfatizou que a queda nas vendas é vista como momentânea, já que a região é propícia para atrair investimentos.

Detalhes das vendas em janeiro mostram que 33,3% dos imóveis vendidos foram casas, enquanto 66,7% eram apartamentos. A média de valores para casas e apartamentos ficou até R$ 300 mil. Quanto à localização, 45,9% das propriedades vendidas estavam na periferia, 32,4% nas regiões centrais e 21,6% nas áreas nobres.

Sobre as modalidades de pagamento, 37,9% dos negócios foram financiados pela CAIXA, 12,1% por outros bancos, 10,3% diretamente pelos proprietários, 36,2% à vista e por consórcios, 3,4% no período.

No segmento de locações, a faixa de preço preferencial para inquilinos de casas foi até R$ 1.500,00, para imóveis de 2 dormitórios com 50 até 100 m² de área útil. Já para apartamentos, a faixa de preço de locação ficou até R$ 1.500,00, para imóveis de 2 dormitórios com até 50 m² de área útil.

DEPÓSITO CAUÇÃO

A pesquisa também revelou que a principal garantia locatícia escolhida pelos inquilinos foi o depósito caução. Os novos inquilinos preferiram imóveis situados na periferia das cidades pesquisadas (40,9%), na região central (42,4%) e nos bairros mais nobres (16,7%). Ao encerrar contratos de locação, 15% não informaram a razão da mudança, 75% buscaram aluguéis mais acessíveis e 10% optaram por aluguéis mais caros.

Os números detalhados apresentam um panorama completo do mercado imobiliário na região de Campinas, evidenciando a resiliência do setor de locações mesmo em face da redução nas vendas.

 

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