Economia
José Henrique Toledo Corrêa: “vivemos um momento bastante interessante e oportuno”

Paulínia e Sumaré estão entre os maiores exportadores da região de Campinas, aponta Ciesp

Balanço refere-se ao mês de julho e levantamento foi feito entre os 19 municípios da regional; Hortolândia soma-se aos dois municípios no indicador de importações

Paulínia e Sumaré estão entre os principais municípios exportadores da Regional Campinas do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) no mês de julho. O balanço foi apresentado pelos dirigentes da entidade nesta quinta-feira (25). Os dois municípios também estão entre os que mais importaram no período analisado, ranking onde também entra a cidade de Hortolândia.

Os números da Balança Comercial Regional, em julho de 2022, apresentados pelo Ciesp-Campinas foram de US$ 326,4 milhões nas exportações – 35,3% maior que em julho de 2021 -, e US$ 1,4 bilhão nas importações – 26,8% maior do que em julho do ano passado. O saldo em julho de 2022 foi negativo em US$ 1 bilhão – 24,5% maior do que o registrado em julho de 2021. A corrente de comércio exterior regional (soma das exportações e importações) em julho de 2022 foi de US$ 1,7 bilhão – 28,3% maior que em julho do ano passado.

Do total de exportações em julho, os principais municípios foram, pela ordem: Paulínia (30,7%), Campinas (25,6%), Sumaré (9,7%), Mogi Guaçu (9,4%) e Valinhos (4,8%). Em relação às importações, a ordem do ranking é: Paulínia (53,1%), Campinas (18,5%), Sumaré (9,3%), Jaguariúna (6,6%) e Hortolândia (5,7%). O percentual do município refere-se à sua participação em relação ao total da regional no Balanço Mensal.

O diretor de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas, Anselmo Riso, destacou os três principais segmentos exportadores, sendo eles máquinas, caldeiras, aparelhos mecânicos e suas partes; produtos plásticos e derivados e produtos farmacêuticos. Os principais segmentos importadores foram produtos químicos orgânicos; produtos químicos diversos e máquinas, aparelhos, materiais elétricos, aparelhos de gravação e reprodução.

“A sondagem industrial do Ciesp-Campinas julho e agosto mostra que vivemos um momento bastante interessante e oportuno. As empresas estão com crescimento de faturamento, produção, atividade produtiva. Isso demonstra que a infraestrutura, toda a questão que o governo tem proporcionado às empresas, tem dado certo: diminuição da carga de desemprego, diminuição de impostos, isso tem gerado resultados efetivos no dia a dia”, afirmou José Henrique Toledo Corrêa, diretor do Ciesp-Campinas.

DESAFIOS

De acordo com a sondagem feita pelo Ciesp-Campinas junto aos seus associados, a “elevada carga tributária” é o principal desafio das indústrias, para 40% das empresas, seguida da “falta de mão de obra qualificada”, apontada por 27% da indústria regional e da “alta taxa de juros”, na avaliação de 21% das associadas. As “dificuldades em conseguir matérias-primas importadas” foram apontadas por 8% das respondentes, enquanto 4% assinalaram a “escassez de insumos nacionais”.

Corrêa afirmou que os desafios apontados pela indústria regional demonstram de forma bastante clara o prejuízo do chamado Custo Brasil. “Debatido ao longo das últimas décadas, o Custo Brasil prejudica a atividade produtiva e retira a competitividade da indústria nacional”, pontuou.

Na avaliação de outros indicadores de desempenho da indústria regional, ele afirmou que volume de produção, nível de emprego, faturamento e lucratividade “estão em estabilidade, na mesma tendência positiva identificada nos últimos dois meses”. O diretor destacou que o nível de utilização da capacidade instalada de produção entre 70,1% até 100% foi apontada por 64% das associadas em agosto.

Na pesquisa de julho esse mesmo patamar de capacidade instalada foi assinalado por 57% das indústrias respondentes. “Esse aumento de 7% de empresas nesse patamar, demonstra a tendência positiva que identificamos em outros indicadores em agosto”, explicou o diretor.

O Ciesp-Campinas conta com 548 empresas associadas, distribuídas em 19 municípios da região. O faturamento conjunto das empresas associadas é de R$ 52 bilhões ao ano. Conjuntamente essas empresas empregam 97.894 colaboradores.

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