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Quem te viu, quem te vê...

HORTOLÂNDIA 31 ANOS 

Moradores relembram os tempos difíceis de Hortolândia; comemoram a transformação do município com a chegada do desenvolvimento e compartilham sonhos para o futuro

“Quando me casei, tive que fazer uma ponte de madeira em frente a minha casa porque estava chovendo muito e abriu uma valeta na rua sem asfalto”. A lembrança é da manicure Sandra Maria de Souza Santos, 50 anos, moradora do Jardim Nossa Senhora de Fátima, ao responder a enquete “Hortolândia que eu vi, que vejo e quero ver”, realizada pelo Tribuna Liberal, via WhatsApp, com moradores antigos da cidade. “Agora, os bairros estão asfaltados, bonitos, a cidade bem iluminada. Hoje, o desenvolvimento é incrível”, compara Sandra.

Há quem se recorde da grande quantidade de terrenos vazios, como o grafiteiro e arte educador, Leandro Ferreira dos Santos, o Kranium, 39 anos, morador do Jd. São Jorge. Hoje, o artista vê o vazio urbano de antigamente ser preenchido por casas e edifícios.

A escassez de água e as ruas sem asfalto fazem parte da Hortolândia que a advogada Laureana Souza Gomes de Oliveira, 52 anos, moradora do Jd. Malta, integrante da OAB-Hortolândia (Ordem dos Advogados do Brasil), viu 31 anos atrás. O empreiteiro de obras Mauro Amargo Siqueira, 46 anos, morador do Jd. São Bento lembra da falta de infraestrutura, que marcou a primeira década após a emancipação da cidade, se transformar em asfalto, coleta e tratamento de esgoto. 

Uma cidade dormitório, onde os moradores compravam em outras cidades da região é recordada pelo administrador e servidor público Paulo Beleboni, 54 anos, morador da Chácaras Recreio Alvorada, ex-presidente da ACIAH (Associação Comercial e Industrial de Hortolândia), que celebra o desenvolvimento econômico da cidade e do comércio local.

Assim como a cabeleireira Giovanna Pavesi Porto, a Gigi, 52 anos, da Vila Real Continuação, que viu uma Hortolândia pacata, isolada de Sumaré, a se tornar “uma metrópole imobiliária, referência de crescimento econômico”.

São histórias de pessoas que viram Hortolândia se transformar, para melhor, e compartilham seus desejos para o município no futuro. Veja os depoimentos na íntegra.

“Moro em Hortolândia desde os meus 11 anos de idade. As ruas eram tudo de terra. Quando me casei, tive que fazer uma ponte de madeira em frente a minha casa porque estava chovendo muito e abriu uma valeta na rua sem asfalto... Agora, os bairros estão asfaltados, bonitos, a cidade bem iluminada. Hoje, o desenvolvimento de Hortolândia é incrível. Também já sofremos muito com a falta d´agua. Era caixa vazia o tempo todo. Não sofremos mais por isso. A nova entrada da cidade, vindo de Campinas, junto com a Ponte Estaiada deixaram a cidade maravilhosa. Para o futuro, espero exatamente esse desenvolvimento, essa cara nova que Hortolândia ganha todo dia. Que nossa cidade continue brilhando. Eu amo Hortolândia”.

Sandra Maria de Souza Santos, 50 anos, manicure e moradora do Jardim Nossa Senhora de Fátima

“Como muitos moradores, cheguei à Hortolândia por um processo de migração. Minha família morava no Paraná, viemos para São Paulo e, um ano depois, para Hortolândia, que tinha se emancipado há pouco tempo. Na época, eu era uma criança de 10 anos, a cidade estava em formação, muita área verde, terrenos vazios, grandes áreas descampadas, que lembravam muito a região de sítio onde eu morava. Hoje está diferente. Bastante prédios, espaços ociosos, que serviam de campinho de futebol, estão cada vez mais escassos. A cidade está num processo de urbanização e modernização, se transformando numa nova cidade”.

Leandro Ferreira dos Santos, o Kranium, 39 anos, grafiteiro e arte educador, Jd. São Jorge

“Estou em Hortolândia há 23 anos, desde 1999. Vim de Campinas e abri um comércio de locadora de vídeo. Em 2005, entrei na Associação Comercial, da qual fiz parte até 2012. Fui presidente por dois mandatos e fizemos muitas campanhas para estimular os moradores a comprarem no comércio local com sorteios de carro, moto, vales-compra, numa época em que as pessoas preferiam comprar em Campinas. Nesse período todo, a cidade cresceu muito. Hoje, a gente vê uma pujança tão grande. Não quero mais sair daqui, Hortolândia é a cidade que adotei e só tende a crescer cada vez mais”.

 Paulo Beleboni, 54 anos, administrador e servidor público, Chácaras Recreio Alvorada

“Lembro quando a região do Novo Ângulo não tinha asfalto. Quando chovia, o ônibus atolava e não subia a rua principal, parava lá em cima, no Sumarezinho. Depois de um dia de cansativo de trabalho, as pessoas tinham que ir marchando num barro vermelho até a ponta do Novo Ângulo para chegar até suas casas. Agora, temos asfalto. Também faltava muita água, era um transtorno... A regularização do abastecimento de água trouxe mais qualidade de vida. O acesso ao transporte público melhorou. Somos um município pujante, referência no entorno...Espero mais médicos, escolas e creches”.

Laureana Souza Gomes de Oliveira, 52 anos, advogada, integrante da OAB-Hortolândia, Jd. Malta

“Moro em Hortolândia desde 1986. Vim de Catanduva, mas nasci em Campinas. Quando Hortolândia se emancipou não tinha infraestrutura nenhuma. Os primeiros gestores gastavam o dinheiro público com obras desnecessárias naquele momento. Quando a cidade engrenou, houve uma mudança gigante. Empresas chegaram trazendo empregos, a urbanização em áreas de risco aconteceu, a infraestrutura chegou para todos os bairros. Hoje, nossa cidade é toda revitalizada, boa pra se morar. Espero que esse progresso continue com mais investimentos na educação, saúde e segurança.”

Mauro Amargo Siqueira, 46 anos, empreiteiro de obras, Jd. São Bento

“Cheguei em Hortolândia em 1980. Acredito que sou a personalidade LGBTQI + mais antiga da cidade. Naquela época, Hortolândia era literalmente um distrito isolado. Hoje, a cidade é praticamente uma metrópole imobiliária, referência de crescimento econômico. Espero que para o futuro, Hortolândia tenha condições de oferecer saúde pública, educação e segurança com mais qualidade à população. Acho essa nossa maior carência no momento. De nada vale morar em um paraíso sem ter qualidade de vida.”

Giovanna Pavesi Porto, a Gigi, 52 anos, cabeleireira, Vila Real Continuação.

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