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Número de descargas elétricas em Sumaré é considerado ‘impressionante’ por especialista

Madrugada contabiliza média de um raio a cada dois segundos em Sumaré

Em dez minutos, cidade registrou 300 raios entre 00h40 e 00h50 desta terça-feira, segundo satélite analisado pelo Cepagri; moradora relata medo

Paulo Medina | Tribuna Liberal

Em um novo temporal e ventos que chegaram aos 100 km/h na região, a madrugada desta terça-feira (17) contabilizou 300 raios no período de 10 minutos em Sumaré, de acordo com o Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp. Em média, durante esse tempo, caiu um raio a cada dois segundos na cidade.

“Fiquei com muito medo, nossa, ouvi as portas e janelas baterem muito forte, um barulho de vendaval, clarões, portão batendo, objetos na rua voando, não foi fácil dormir”, relatou Marisa de Oliveira, moradora da região do Matão, em Sumaré. Apesar do vendaval, a Defesa Civil informou que não há registro de novas ocorrências graves na cidade, que está em situação de emergência há mais de uma semana.

Segundo o Cepagri informou ao Tribuna Liberal, a maior incidência de descargas elétricas em Sumaré ocorreu entre 00h40 e 00h50 desta terça-feira, com uma taxa aproximada de 300 flashes em 10 minutos.

“Cabe salientar que esse produto, do sensor GLM (Geostationary Lightning Mapper), a bordo do satélite GOES, contabiliza tanto descargas intra-nuvem quanto às nuvem-solo”, explicou Bruno Bainy, meteorologista do Cepagri, que classificou o número como “impressionante”. “Pode ser que em outros momentos a população tenha visto descargas elétricas de regiões um pouco mais distantes, o que aumenta ainda mais o impacto visual dos clarões”, disse.

HORTOLÂNDIA

Em Hortolândia, mais de 30 milímetros de chuvas foram registrados nas últimas 24 horas. O mutirão de zeladoria e limpeza foi realizado durante toda esta terça-feira (17) para intensificar a recuperação dos espaços públicos após, novamente, fortes chuvas com rajadas de vento atingirem a cidade.

 Segundo a Defesa Civil, no período, foram registrados aproximadamente 33 milímetros acumulados. A marca não coloca o município em estado de atenção, mas, os fortes ventos contribuíram para a queda de 10 árvores em diferentes regiões da cidade. As equipes da Administração Municipal realizaram a remoção destas árvores, além de material orgânico, lixo e outros materiais descartados irregularmente.

As quedas de árvores ocorreram no Parque Chico Mendes, na região central; rua no Parque Odimar; rua no Jardim Nova Hortolândia; próximo de escola Estadual no Jardim Santa Esmeralda; rua na Vila Real; e rua no Jardim Amanda. “Tive que correr e fechar tudo, foi assustador a força do vento”, disse Suzana Cardoso, moradora de Hortolândia.

TEMPORAL AFETA VIAS, MUROS E NOVA ODESSA INTENSIFICA LIMPEZA  

Em Nova Odessa, houve acúmulo de água na região da avenida Ampelio Gazzetta na madrugada desta terça-feira (17), segundo a Defesa Civil. As equipes das secretarias de Meio Ambiente e de Obras, bem como da Coden Ambiental, realizam diversas ações de zeladorias em toda a cidade, após as fortes chuvas e ventos que ocorreram nos últimos dias.

Os trabalhos estão concentrados na retirada de árvores e galhos caídos, na limpeza de folhas e do entulho, nas podas preventivas de árvores e também, se preciso, em pequenas reformas em estruturas situadas em áreas públicas ou no asfalto da cidade em geral. Além do corte e remoção de cerca de 34 árvores derrubadas pelo vento na semana passada, as equipes da Secretaria de Meio Ambiente seguem realizando nesta semana, por exemplo, a retirada de galhos caídos no campo de futebol no Jardim Alvorada e também no Jardim Marajoara.

Já no “Campo do Progresso”, onde uma árvore caiu com o vento e danificou o muro, no Centro, foi realizada a poda preventiva de galhos que ainda têm riscos de queda em caso de mais chuvas. Já as equipes da Diretoria de Serviços Urbanos da Secretaria de Obras promoveram a lavação de ruas em diversos pontos da cidade, bem como a retirada de entulho acumulado no Marajoara e a poda do mato alto das calçadas, no Centro.

Nos próximos dias, o calendário de roçagem e podas será intensificado por causa dos danos causados no feriado, e também pelo mato crescer mais rápido em períodos com grande quantidade de chuvas. “A maior parte das árvores que caíram foi por rompimento de raízes. São geralmente espécies inadequadas para calçamento urbano ou árvores muito antigas. Outras caíram pelo peso da copa ou por retorcimento de galhos pelo vento”, explicou a secretária municipal de Meio Ambiente, Aryhane Massita.

Foi o caso, por exemplo, de uma sibipiruna da rua Independência que caiu sobre o muro do Campo do Progresso, danificando-o. Outra árvore da avenida João Pessoa – um ipê rosa muito antigo, que já havia passado por uma poda preventiva neste ano – caiu sobre o telhado de um escritório. O problema: as raízes não aguentaram o peso da árvore durante a ventania.

CUIDADOS DURANTE A CHUVA

- Em casos de chuvas fortes e raios, aparelhos elétricos devem ser desligados para prevenir choques e descargas

- Durante a tempestade e depois dela, jamais transitar em locais alagados, nem a pé, para evitar quedas, nem de carro ou de moto, pois poucos centímetros de água acumulada são suficientes para arrastar veículos

- Outro perigo são as doenças que podem ser contraídas a partir do contato da pele com as águas das enxurradas

- Evite jogar lixo na rua para não entupir galerias e bueiros

 

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