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Hortolândia investirá R$ 1,2 milhão em projeto-piloto de Turismo Família

Em parceria com o setor privado, Prefeitura vai equipar três parques socioambientais com pedalinhos para passeio nas lagoas e quiosques de alimentação

Três parques socioambientais de Hortolândia passarão a ter pedalinhos para passeio nas lagoas, quiosques de alimentação, bebedouros e banheiros. Os investimentos fazem parte do Projeto-Piloto de Turismo Família que receberá recursos financeiros de cerca de R$ 1,2 milhão, uma parceria da Prefeitura com o setor privado. 

A nova estrutura dos parques deve gerar pelo menos 100 empregos diretos, estima o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Turismo e Inovação, João Pereira da Silva. A previsão da Administração é de que os equipamentos entrem em operação até o primeiro trimestre do ano que vem.

O secretário adiantou ao Tribuna Liberal que o projeto-piloto contemplará os parques Irmã Dorothy Stang (Jd. Nossa Senhora de Fátima), o Lago da Fé (região do Parque Gabriel), e o Observatório Ambiental Parque Escola, antigo Creape (Jd.Santa Clara do Lago). De acordo com Silva, a Prefeitura já abriu as chamadas públicas para empreendedores interessados em montar quiosques de alimentação nos espaços de lazer.

Na parceria, esses empresários ficariam responsáveis pela instalação de banheiros e bebedouros. No Parque Lago da Fé, além dos quiosques, será instalado um grande restaurante pela iniciativa privada, informa o secretário.

Os pedalinhos também serão implantados e administrados pelo setor privado, semelhante aos que funcionam no Parque Taquaral, em Campinas. A empresa também será escolhida por meio de chamada pública, informa Silva.

Para viabilizar o transporte aquático, a Prefeitura vai instalar decks de madeira no entorno das lagoas, em dois níveis, estrutura necessária para a ancoragem, embarque e desembarque dos pedalinhos. Os três parques também receberão pórticos com a frase “Eu Amo Hortolândia” para os visitantes tirarem fotos.

“Por meio da parceria público-privada vamos estruturar nossos parques para receber mais gente. Nossa cidade cresceu, se desenvolveu, é hora de investir em lazer e entretenimento. Queremos que a população use os equipamentos públicos com qualidade”, afirma o secretário.

Para realizar o projeto-piloto de Turismo Família, a Prefeitura conta com recursos financeiros externos, captados por meio de emendas parlamentares. O secretário estima que os investimentos vão gerar pelo menos 100 empregos diretos, além de atrair novos empreendimentos. “Acreditamos que bares, restaurantes, dentre outros comércios, serão instalados no entorno dos parques pela iniciativa privada, que vão gerar mais postos de trabalho e renda. Estamos plantando uma sementinha”, espera Silva.

A meta da Prefeitura é levar a mesma estrutura do projeto-piloto para outros parques da cidade, a exemplo do Remanso das Águas, na região do Carmem Cristina, e do Jardim Amanda, cuja construção está prevista para iniciar ainda neste semestre.

TURISMO FAMÍLIA

O projeto explora o Turismo Família valorizando a estrutura arquitetônica dos parques que oferecem opções de lazer para crianças, jovens e adultos, com pistas para caminhar e andar de bicicleta, quadras poliesportivas, além de parque infantil. Também pretende agregar aos espaços shows e atividades culturais com artistas locais, por meio de parceria com a Secretaria de Cultura.

O secretário avalia que a falta de locais para alimentação no interior dos parques e banheiros, por exemplo, reduzem a permanência das famílias no local.

É o caso da auxiliar de produção Leni Santos, 40 anos, que costuma passear com os filhos no Parque Irmã Dorothy Stang, no Jardim Nossa Senhora de Fátima. “Eu caminho, as crianças brincam no parque infantil e depois vamos embora porque não tem local para fazer um lanche, tomar uma água de coco”, conta Leni.

“Com os investimentos que serão realizados as famílias vão chegar aos parques e poder curtir com uma nova estrutura. Queremos que as pessoas sintam prazer em visitar nossos espaços públicos. Já recebemos essa ordem do prefeito Zezé Gomes. Ele quer tudo em funcionamento até o primeiro trimestre do ano que vem”, diz Silva.

Diagnóstico revela potencial para turismo de negócio, parques e gastronomia local

Diagnóstico sobre o potencial turístico de Hortolândia revela três áreas a serem exploradas no município, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Turismo e Inovação: parques, lagos e praças, setor gastronômico e o turismo de negócio por causa do polo industrial de alta tecnologia que a cidade abriga.

De acordo com o secretário João Pereira da Silva, as informações estão no Plano Diretor de Turismo, um dos primeiros passos para o município conquistar o selo MIT (Município de Interesse Turístico), uma espécie de credencial para obter recursos públicos e privados para o setor.

O conteúdo do Plano já foi elaborado pela Prefeitura e precisa de validação do Comtur (Conselho Municipal do Turismo), da Assembleia Legislativa e do governo estadual para que Hortolândia passe a ser considerada um município de interesse Turístico.

Hortolândia faz parte da Região Turística Bem Viver, composta por outras seis cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas): Americana, Santa Bárbara d´Oeste, Campinas, Elias Fausto, Nova Odessa e Sumaré. O programa do governo do Estado apoia e orienta os municípios em projetos para fomentar o turismo. Atualmente, a cidade conta com oito hotéis e pousadas, com oferta de mais de 800 quartos para hospedar visitantes.

Roteiro gastronômico voltará em nova versão para fomentar o setor

O Roteiro Gastronômico Sabores de Hortolândia voltará no final deste ano, em nova versão, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Turismo e Inovação. Duas edições do guia gastronômico foram realizadas pela Administração, em 2018 e 2019. Por causa da pandemia a premiação foi suspensa.

De acordo com o secretário João Pereira da Silva, o objetivo da ação continua o mesmo: valorizar a gastronomia da cidade para que moradores e turistas possam usufruir da culinária local. Mas será repaginado com nova forma de premiação dos participantes.

Na versão anterior do circuito gastronômico, a Prefeitura premiava os estabelecimentos com melhor atendimento, segundo a votação do público.

Um guia impresso trazia as informações de cada comércio alimentício, com destaque para o prato principal de cada um, além da localização e contato.              

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