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Cachorra morre ao pular do 4º andar após pavor de rojões em Sumaré

Animal ficou amedrontado com estampidos provocados por fogos de artifício durante comemorações do Réveillon, no Matão; ela estava internada em Campinas, mas não resistiu

Cézar Oliveira | Tribuna Liberal

Uma cachorra que pulou do quarto andar de um prédio, em Sumaré, por medo dos fogos de artifício em comemoração ao Réveillon, morreu na madrugada desta terça-feira (2). A cachorra estava internada em uma clínica veterinária de Campinas. O animal pulou de um edifício do Condomínio Serra Negra, no bairro Matão.

A cachorra não pertencia a nenhum morador do condomínio, mas entrou no local por volta das 23h de domingo (31) em busca de abrigo. Segundo informações do protetor Alan Leal, quem a socorreu, a cachorra entrou no local e pulou de uma janela de uma área comum do hall, no quarto andar do edifício, por volta da meia-noite.

O animal foi resgatado em estado gravíssimo dez horas após a queda e foi levado para o Centro Médico Veterinário Campinas, no Jardim Guanabara, pela ONG Amor de Bicho, que é de Campinas e foi acionada para ajudar no caso. O médico-veterinário Luciano Ferraz Neto, diretor do Centro Veterinário, contou que “o animal chegou em choque, com fraturas expostas, hemorragia pulmonar, pneumotórax e hipotensão”.

O veterinário falou sobre a queda. “Imagina um animal de 26 quilos cair do 4º andar, de uma altura aproximadamente de 12 metros. Nessa minha empreitada veterinária, de muitos anos, já vi de tudo. Já vi animais passarem por portas de vidro e se ferirem. Infelizmente, os fogos ainda são absurdamente usados, mesmo causando tantos danos aos animais”, lamentou.

Alan Leal acionou a polícia, que está buscando o dono do animal. A suspeita é de que ele seja morador do bairro Parque Regina, em Sumaré. Caso seja comprovada a negligência dele perante o animal, o dono poderá responder pela Lei Sansão, que prevê multa e prisão de três a cinco anos.

A diretora da Amor de Bicho, Carolina Pimenta, disse que tentaram salvar o animal até o último minuto. “A gente estava discutindo o caso, vendo as possibilidades. Mas o veterinário já tinha me avisado que era muito difícil salvá-la porque, acima de dois andares, é um impacto de toneladas. Ela sofreu demais”, relatou.

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