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Julgamento dos atos antidemocráticos envolve seis moradores da região – Foto: Marcelo Camargo

Atos golpistas completam um ano e seis moradores da região aguardam julgamento

Em liberdade provisória, moradores de Sumaré e Nova Odessa passarão por julgamento no Supremo Tribunal Federal

Paulo Medina | Tribuna Liberal

Os atos golpistas do dia 8 de janeiro, marcados por protestos e uma série de depredações nas sedes dos poderes instituídos em Brasília, completaram um ano nesta segunda-feira (08). Seis moradores, sendo dois de Nova Odessa e quatro de Sumaré, serão julgados pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

De Nova Odessa são Haroldo Wilson Roder, de 58 anos, e o motorista de aplicativo Dirceu Ribeiro da Assunsão, de 55. De Sumaré são o comerciante Carlos Alberto da Silva Nascimento, de 38 anos, o autônomo Givair Batista Souza, de 50, o operador de máquinas Davi Emanuel Pereira Domiciano, de 42, e Clovis Pierotti de Oliveira, de 55.

O professor do Departamento de Ciência Política do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp André Kaysel Velasco e Cruz destacou os ataques golpistas que há um ano depredaram as sedes dos três Poderes, em Brasília, e escancararam a “ferida aberta” na democracia brasileira. Muitos desafios ainda se impõem para a política do país, segundo o professor.

Para Kaysel, o avanço da extrema direita é um fenômeno que torna “incerto o futuro do jogo político no Brasil e também no exterior”. A democracia, afirma, precisa ser fortalecida com ações que diminuam a desigualdade social. Prova disso são os resultados das eleições presidenciais na Argentina em 2022 e das de 2018 no Brasil, disse.

Em agosto do ano passado, quatros moradores de Sumaré e Nova Odessa tiveram liberdade provisória concedida pelo ministro Alexandre de Moraes. Foram eles: o autônomo Givair Batista Souza e o operador de máquinas Davi Emanuel Pereira Domiciano, de Sumaré, e Haroldo Wilson Roder e o motorista de aplicativo, Dirceu Ribeiro da Assunsão, de Nova Odessa. Eles foram proibidos de usar as redes sociais e receberam uma série de regras impostas por medidas cautelares.

À época, Moraes concedeu a liberdade provisória, com a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, para mais 72 réus pelos atos golpistas. Os envolvidos foram denunciados e respondem pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo e deterioração de patrimônio tombado.

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